Em um processo em curso desde setembro, a Justiça da França condenou nesta terça-feira (13) os oito réus do atentado cometido em 2016 em Nice (sudeste) a penas que variam entre dois e 18 anos de prisão.

Antes de ser abatido pela polícia, o autor do ataque matou 86 pessoas.

Os cinco magistrados do tribunal de Paris consideraram os oito acusados culpados por sua proximidade com o autor, Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, ou por tráfico de armas.

A maior pena, 18 anos de prisão, foi anunciada para Chokri Chafroud e Mohamed Ghraieb por associação terrorista. A duração é dois anos inferior à máxima, mas três anos acima do reivindicado pela Promotoria.

Já Ramzi Arefa foi condenado a 12 anos de prisão por associação criminosa e por tráfico de armas, com a retirada da acusação terrorista contra ele.

Os outros cinco acusados, quatro deles de nacionalidade albanesa, foram condenados por tráfico de armas, ou associação criminosa com penas de entre dois e oito anos de prisão.

Em 14 de julho de 2016, um caminhão com o tunisiano de 31 anos ao volante atropelou uma multidão que assistia a uma queima de fogos em Nice por ocasião do feriado nacional francês. Mais de 450 pessoas ficaram feridas.

O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, que faz parte de uma série de atentados na Europa na última década, quando uma coalizão internacional combatia o grupo no Iraque e na Síria.

Em novembro de 2015, 130 pessoas morreram em uma sequência de ataques em Paris e em Saint-Denis, subúrbio norte da capital francesa.

A Justiça impôs prisão perpétua a Salah Abdeslam, o único membro ainda vivo dessas células terroristas.