A China rebateu nesta sexta-feira um relatório do Departamento de Estado americano que critica a situação dos direitos humanos no país asiático, ao classificar o documento de “instrumento político”.

“Os Estados Unidos voltam a atribuir-se o papel de juiz mundial em termos de direitos humanos”, afirma o Conselho de Estado (governo) em um relatório de resposta.

Pelo 11º ano consecutivo, o Conselho de Estado publica um documento sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos, no qual acusa Washington, “que publica um relatório cheio de acusações sobre a situação dos direitos humanos em 190 países (…) de fechar os olhos, esquivar ou até mesmo ocultar as próprias violações dos direitos humanos em seu território”.

“Os Estados Unidos usam os direitos humanos como um instrumento político para interferir nos assuntos internos de outros países, sujar a imagem de outras nações e alimentar os próprios interesses estratégicos”, completa o ‘contrainforme’ de Pequim.

Para o Departamento de Estado, a atuação chinesa na área dos direitos humanos se agravou, já que as autoridades intensificaram o cerco aos ativistas e a repressão na região de Xinjiang.

Na quinta-feira, a justiça chinesa condenou a 18 meses de “reeducação em um campo de trabalho” o ativista Mao Hengfeng, que protestou contra o julgamento do líder dissidente Liu Xiaobo, sentenciado no fim de 2009 a 11 anos de prisão por “subversão”.

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