Os ETFs (Exchange Traded Fund, na sigla de inglês) ligados ao setor de small caps foram destaque no primeiro semestre de 2025, aponta levantamento elaborado pela Quantum Finance com os ativos de segmento de maior valorização no período.

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As small caps são ações de companhias com baixa capitalização na bolsa, ou seja, menor valor de mercado. Por terem grande potencial de crescimento, seus papéis podem se valorizar expressivamente. Em contrapartida, esses ativos oferecem um risco maior e costumam ser mais voláteis que os de empresas já consolidadas.

No topo da lista da Quantum Finance, desponta o TRIG11, da gestora Trígono Capital, com uma alta acumulada de 36,99%. Além do líder, outros três fundos com exposição a empresas de menor capitalização figuram entre os dez primeiros colocados: o SMAL11 (BlackRock), o SMAC11 (Itaú Asset) e o SMAB11 (BTG Pactual).

“As small caps acabaram refletindo um certo otimismo. Essas empresas menores foram favorecidas por uma expectativa de crescimento econômico”, explica a delegada do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), Natalie Verndl, que no entanto destaca um futuro mais nebuloso com o tarifaço de Trump e o risco fiscal.

O levantamento considera ativos listados na bolsa de valores brasileira, a B3.

Veja os ETFs com maior valorização no 1º semestre de 2025

#GestãoTickerRetornos
1Trígono CapitalTRIG1136,69%
2Itaú AssetFIND1131,36%
3BlackRockECOO1129,53%
4BradescoBDEF1127,00%
5BlackRockSMAL1126,85%
6Nu AssetHIGH1126,64%
7Itaú AssetSMAC1126,58%
8InvestoBDOM1125,91%
9BTG Pactual Asset ManagementSMAB1125,82%
10BTG Pactual Asset ManagementTIRB1125,58%

Como funcionam os ETFs

Os ETFs são fundos que funcionam como uma cesta de ativos negociada na bolsa de valores em uma única cota, semelhante a uma ação. A responsabilidade por administrar esse portfólio é de uma gestora especializada.

Sua principal diferença em relação aos fundos tradicionais é o objetivo: em vez de tentar superar o mercado, um ETF busca espelhar o desempenho de um indicador de referência (benchmark), como o Ibovespa (o principal do Brasil) ou o S&P 500 (das 500 maiores empresas dos EUA).

Dessa forma, o valor da cota oscila de acordo com a variação dos ativos que compõem a carteira. Se um fundo acompanha o Ibovespa, por exemplo, sua cota valorizará aproximadamente 1% sempre que o indicador registrar a mesma alta.

Natalie Verndl, do Corecon-SP, explica que os ETFs “tem taxas de administração menores do que aquelas cobradas de fundos de investimento tradicionais, e suas cotas são muito fáceis serem adquiridas”. No entanto, antes de aplicar em um, cabe atentar para os ativos em que aquele fundo investe, para saber se o risco envolvido é compatível com seu perfil de investidor.