08/04/2025 - 6:30
O número de empresas que pediram recuperação judicial no Brasil bateu recorde em 2024, de acordo com o Monitor RGF de Recuperação Judicial no Brasil, com 4.568 nessa situação. Entre elas, 19 estão listadas na B3, a bolsa brasileira. Outra duas empresas listadas estão em recuperação extrajudicial.
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A lista conta com casos de grande repercussão, como os da Americanas (AMER3), Oi (OIBR3) e AgroGalaxy (AGXY3).
Segundo as informações da B3, seis dessas empresas pediram recuperação judicial em 2024. Uma delas deu entrada no processo neste ano de 2025: a Bombril (BOBR4), que pediu recuperação judicial em fevereiro.
Veja a relação das empresas em recuperação judicial listadas na B3:
- AGROGALAXY (AGXY-NM)
- AMERICANAS (AMER-NM)
- ATMASA (ATMP)
- BARDELLA (BDLL)
- BOMBRIL (BOBR)
- COTEMINAS (CTNM)
- HOTEIS OTHON (HOOT)
- INTERCEMENT (ICBR)
- JOAO FORTES (JFEN)
- LIGHT S/A (LIGT-NM)
- NEXPE (NEXP)
- OI (OIBR-N1)
- OSX BRASIL (OSXB-NM)
- PARANAPANEMA (PMAM-NM)
- PET MANGUINH (RPMG)
- ROD TIETE (RDVT)
- ROSSI RESID (RSID-NM)
- SANTANENSE (CTSA)
- SPRINGS (SGPS-NM)
Duas em recuperação extrajudicial
- BBMLOGISTICA (BBML-MA)
- TEX RENAUX (TXRX)
Número em alta
A quantidade total de empresas em RJ aumentou em 160 (considerando entradas e saídas), passando de 4.408 para 4.568, enquanto a base total de empresas cadastradas no país cresceu em aproximadamente 63 mil, passando de 2,32 milhões para 2,39 milhões.

Segundo o Monitor RGF, considerando apenas o 4º trimestre de 2024, foram 285 empresas que entraram com pedido de recuperação judicial, enquanto 125 saíram do processo. O montante é 34% menor do que no 3º trimestre, mas ainda é mais que o dobro do registrado no 2º trimestre, que somou 141 novos casos. Os dados referem-se a empresas ativas de pequeno, médio e grande portes.
“Alcançamos o maior patamar já registrado na quantidade de empresas em recuperação judicial no país. Embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado no 4º trimestre, com um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior (quando a alta foi de 4,4%), o cenário continua desafiador”, diz Rodrigo Gallegos, sócio da RGF especialista em Reestruturação e Recuperação Judicial.
Das 125 empresas que saíram do processo de RJ, ao longo do 4º trimestre deste ano, 73% retornaram a operar sem a supervisão judicial. O levantamento indicou também que 10% tiveram seu registro baixado/encerrado ou foram classificadas como inaptas ou suspensas por possuírem pendências (e por isso seu registro deixa de estar ativo), situação que pode ser revertida com a resolução das irregularidades. Além disso, 18% foram apontadas como falidas.