O número de empresas que pediram recuperação judicial no Brasil bateu recorde em 2024, de acordo com o Monitor RGF de Recuperação Judicial no Brasil, com 4.568 nessa situação. Entre elas, 19 estão listadas na B3, a bolsa brasileira. Outra duas empresas listadas estão em recuperação extrajudicial.

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A lista conta com casos de grande repercussão, como os da Americanas (AMER3), Oi (OIBR3) e AgroGalaxy (AGXY3).

Segundo as informações da B3, seis dessas empresas pediram recuperação judicial em 2024. Uma delas deu entrada no processo neste ano de 2025: a Bombril (BOBR4), que pediu recuperação judicial em fevereiro.

Veja a relação das empresas em recuperação judicial listadas na B3:

  1. AGROGALAXY (AGXY-NM)
  2. AMERICANAS (AMER-NM)
  3. ATMASA (ATMP)
  4. BARDELLA (BDLL)
  5. BOMBRIL (BOBR)
  6. COTEMINAS (CTNM)
  7. HOTEIS OTHON (HOOT)
  8. INTERCEMENT (ICBR)
  9. JOAO FORTES (JFEN)
  10. LIGHT S/A (LIGT-NM)
  11. NEXPE (NEXP)
  12. OI (OIBR-N1)
  13. OSX BRASIL (OSXB-NM)
  14. PARANAPANEMA (PMAM-NM)
  15. PET MANGUINH (RPMG)
  16. ROD TIETE (RDVT)
  17. ROSSI RESID (RSID-NM)
  18. SANTANENSE (CTSA)
  19. SPRINGS (SGPS-NM)

Duas em recuperação extrajudicial

  1. BBMLOGISTICA (BBML-MA)
  2. TEX RENAUX (TXRX)

Número em alta

A quantidade total de empresas em RJ aumentou em 160 (considerando entradas e saídas), passando de 4.408 para 4.568, enquanto a base total de empresas cadastradas no país cresceu em aproximadamente 63 mil, passando de 2,32 milhões para 2,39 milhões.

fonte: Monitor RGF

Segundo o Monitor RGF, considerando apenas o 4º trimestre de 2024, foram 285 empresas que entraram com pedido de recuperação judicial, enquanto 125 saíram do processo. O montante é 34% menor do que no 3º trimestre, mas ainda é mais que o dobro do registrado no 2º trimestre, que somou 141 novos casos. Os dados referem-se a empresas ativas de pequeno, médio e grande portes.

“Alcançamos o maior patamar já registrado na quantidade de empresas em recuperação judicial no país. Embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado no 4º trimestre, com um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior (quando a alta foi de 4,4%), o cenário continua desafiador”, diz Rodrigo Gallegos, sócio da RGF especialista em  Reestruturação e Recuperação Judicial.

Das 125 empresas que saíram do processo de RJ, ao longo do 4º trimestre deste ano, 73% retornaram a operar sem a supervisão judicial. O levantamento indicou também que 10% tiveram seu registro baixado/encerrado ou foram classificadas como inaptas ou suspensas por possuírem pendências (e por isso seu registro deixa de estar ativo), situação que pode ser revertida com a resolução das irregularidades. Além disso, 18% foram apontadas como falidas.