“Um ministro me telefonou e disse que o presidente Geisel estava muito magoado comigo, porque as minhas críticas eram cáusticas demais. E eu perguntei a esse ministro: ‘E daí? Eu sou um brasileiro, um empresário com os meus impostos em dia, com minhas empresas funcionando e dando emprego a milhares de brasileiros. Tenho o direito de criticar, de falar o que eu penso. Se agrada ou não ao presidente, o problema não é meu.”
Sobre a reação oficial às suas críticas à Valesul, fábrica de alumínio que o general-presidente Ernesto Geisel decidiu implantar no Rio de Janeiro. Década de 1970

“Aqueles que se dedicam a maquinar nas sombras o fracasso da abertura e, pior que isso, ousam utilizar o recurso abominável do terrorismo não prevalecerão sobre a vontade da esmagadora maioria do povo.”
Condenação do terrorismo de direita em documento dos 10 empresários mais votados no Fórum dos Líderes, Antônio Ermírio à frente. 1980

“Se não acreditasse no Brasil, seria banqueiro.”
Crítica ao setor financeiro anterior à criação do Banco Votorantim. 1981

“Temos que esvaziar a periferia das cidades. Como? Doando terra no campo.”
Defensor da reforma agrária.1984

“Eu espero sete, 15 dias. Depois que for julgada a ilegalidade da greve, vai todo mundo para a rua. Indisciplina dentro da casa da gente, não!”
Reação a greve na Companhia Níquel Tocantins. 1984

“O estadista pertence à nação. O político pensa que a nação lhe pertence.”
Traça a diferença entre Tancredo Neves e Paulo Maluf. 1984

“A política é arte de pedir votos aos pobres, dinheiro aos ricos e depois mentir a ambos.”
Em debate político na tevê. 1986

“É hora de enterrar definitivamente aquele corrupto, sem-vergonha e cara-de-pau.”
Sobre Paulo Maluf, durante a sua campanha ao governo de São Paulo. 1986

“Eu vou lá para quebrar a cara dos dois, do seu Paulo Maluf e do seu Orestes Quércia.”
Ao confirmar presença em debate político na tevê. 1986

“Quero que esta eleição vá para o inferno.”
Desabafo ao constatar que não se tornaria governador. 1986

“Se alguma coisa acontecer comigo ou com a minha família, não vai sobrar ninguém vivo na sua família.”
Ao confrontar suspeito de tramar seu sequestro. 1989

“Folgar é gostoso… Mas custa caro para a nação!”
Eterno crítico dos feriados nacionais, estaduais e municipais. 1991

“Isso é um exagero, mesmo porque o seu manequim era 50 e o meu é 54 longo.”
Sobre a lenda de que, por muitos anos, teria usado os ternos herdados do pai. 1992

“Modéstia à parte, fui um goleiro de grandes reflexos. Tanto é verdade que me convidaram para fazer parte da seleção do Colégio Rio Branco.”
“Ex-craque”, torcia para o Corinthians, em São Paulo, e o pequeno São Cristóvão, no Rio. 1992

“Sempre me lembro das palavras do meu saudoso professor Fitterer, chefe do departamento de cálculo da Colorado School of Mines, onde estudei: ‘Na hora do aperto, em lugar de usar a alta matemática, procure usar o bom senso’.”
Relembrando lições para a vida. 1994

“Nosso banco é basicamente para administrar as contas e aplicações de nossas empresas. Não é uma instituição financeira como as outras.”
Sobre o Banco Votorantim, carro-chefe das operações financeiras dos Ermírio de Moraes, que responderam por 25% das receitas líquidas do grupo em 2008. 1997

“Ciúme de homem é uma desgraça, é muito pior do que ciúme de mulher.”
Crítica às “panelas” e “patotas” dos partidos políticos em geral. 1998

“Benjamin Steinbruch competiu conosco e ganhou, parabéns a ele. Mas ele não é do ramo. O ramo dele é o têxtil. O ramo extrativo mineral é completamente diferente. Tudo bem, só posso lhe desejar muita sorte e que dê tudo certo.”
Depois da derrota de seu consórcio no leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. 1988

“O governo precisa parar de prestigiar a área especulativa e se voltar para a indústria nacional. Hoje se prestigia muito a quem especula e muito pouco a quem produz.”
Análise do governo FHC. 1999

“Fiz as contas e concluí que as férias e finais de semana que deixei de aproveitar significam 14 anos de vida. Não é uma lamentação, mas uma constatação.”
Ao receber o Título de Administrador Emérito, concedido pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRASP). 1999.

“Eu sempre andei sem segurança. Como somos um país com muita gente pobre, sou contra demonstrações de poder e riqueza. Na minha cabeça não entra isso. Num país de gente pobre, eu me sentiria mal fazendo isso. Mas tem gente que gosta disso, se veste muito bem, tem carro bom, tem avião…”
Adepto de hábitos simples e crítico da ostentação dos novos-ricos. 2002

“Lula tem de trabalhar 15 horas por dia e almoçar sanduíche.”
Conselho ao presidente da República. 2005

“O Brasil é complicado de administrar e Lula fez um bom trabalho nos últimos quatro anos. Tem condições de dar continuidade.”
Assopro no governo Lula. 2006

“O desempenho do governo em matéria de arrecadar impostos merece aplauso. O desempenho para investir nas áreas estratégicas merece uma nota sofrível.”
Pancada no governo Lula. 2007