5 em cada 10 lares argentinos diminuíram o tamanho das compras feitas em supermercados e varejistas em geral no terceiro trimestre de 2024. Os dados são da Kantar. 

No geral, o consumo de bens não duráveis dentro de casa fechou o período com queda de 4,8%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A pesquisa também mostrou que 7 em cada 10 domicílios diminuíram a frequência de visitas aos canais de venda e 6 em cada 10 categorias de bens não duráveis perderam penetração na casa dos argentinos.

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Compras em armazéns ganham importância

Diante desse cenário, as famílias argentinas passaram a priorizar as compras menores, especialmente as urgentes. As aquisições de uma única categoria de produto apresentaram aumento de 31,8% em volume no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023.

Em relação ao desempenho dos canais, os armazéns e quiosques destacaram-se no período, conseguindo captar maior volume por viagem e consolidando seu papel de proximidade. Tanto é que o meio se estabeleceu no terceiro lugar em participação, respondendo por 18,5% dos gastos das famílias argentinas.

“É importante ressaltar que os armazéns e quiosques desempenharam papel fundamental na geração de valor das marcas, resultando em um aumento na frequência de compra e no posicionamento do canal, com aumento menor no preço médio”, comenta Esteban Cagnoli, diretor-geral da divisão Worldpanel da Kantar na Argentina.

Consumo de carne cai 

O consumo de carne na Argentina caiu para os níveis mais baixos em 13 anos, de acordo com pesquisa do grupo do setor Ciccra. Os níveis caíram desde que o governo Javier Milei suspendeu o congelamento do preço da carne bovina imposta pelo governo de Alberto Fernandéz.