27/11/2020 - 19:09
A presidente da Federação Nacional de Infraestrutura de Redes e Telecomunicações (Feninfra), Vivien Suruagy, se manifestou contra o banimento de qualquer companhia na tecnologia 5G. A entidade, que reúne 137 mil empresas prestadoras de serviços para operadoras e bancos e emprega 2,2 milhões de trabalhadores, é mais uma que se movimenta a favor da Huawei, principal alvo da pressão dos Estados Unidos contra a China.
“Não podemos ter mais nenhum tipo de interrupção. Já basta a pandemia”, afirmou. Para ela, a prioridade do setor é atingir os rincões, aumentar a velocidade de conexão, ampliar a conectividade e instalar mais antenas.
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“É totalmente incongruente e sem sentido limitarmos qualquer tipo de tecnologia. Não tem fundamento excluir qualquer país do fornecimento de equipamentos, ainda mais sabendo que quase metade dos equipamentos das redes brasileiras no 4G são chineses.”
Suruagy estima que banir a Huawei do Brasil demandaria investimentos de no mínimo R$ 8 bilhões apenas para substituir a rede atualmente em operação. “Isso representa perda de competitividade, aumento de custo para os consumidores e atraso na implantação da tecnologia 5G no País. Não podemos estar na contramão do desenvolvimento tecnológico”, disse.
A presidente da Feninfra avalia que o País tem condições de adotar mecanismos para assegurar a proteção dos dados. “Se temos tudo funcionando de forma adequada no 4G, não será diferente no 5G. Temos todas as ferramentas para nos proteger e garantir nossa soberania, como sempre foi feito”, afirmou.