O Tesouro Nacional calcula que aproximadamente 92,7% da receita primária da União está sujeita à volatilidade na variação do Produto Interno Bruto (PIB), da inflação, da massa salarial, do câmbio, dos juros ou dos preços de petróleo. As informações constam do Relatório de Riscos Fiscais da União (RRFU), divulgado nesta sexta-feira, 7.

Somando as receitas administradas pela Receita Federal e as previdenciárias – que, juntas, representaram 87% do total em 2024 -, o Tesouro calcula que cada variação de 1 ponto porcentual no PIB adiciona ou retira R$ 14,930 bilhões, no mesmo sentido, o maior impacto entre todas as variáveis macroeconômicas.

Uma variação de 1 ponto porcentual na inflação (IPCA e IGP-DI) tem impacto de R$ 13,799 bilhões, no mesmo sentido.

Já uma oscilação e 1 ponto na taxa de câmbio adiciona ou retira R$ 2,529 bilhões desses grupos de receitas, enquanto a variação da massa salarial tem impacto de R$ 7,546 bilhões, e a da taxa de juros over tem efeito de R$ 211 milhões.

Despesa

Nas despesas primárias, uma variação de 1 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tem impacto de 1% em grupos como os benefícios previdenciários, benefícios assistenciais (como o BPC) e o abono salarial. No seguro desemprego, o impacto foi proporcionalmente maior em 2024, com alta de 1,06%.

No limite de despesas do arcabouço fiscal, o Tesouro calcula que um desvio de 0,1 ponto porcentual no IPCA teria impacto de R$ 2,2 bilhões. Já uma variação de 0,1 ponto na Receita Líquida Ajustada (RLA), parâmetro usado para corrigir esse limite, implicaria uma mudança de R$ 1,7 bilhão.