04/06/2013 - 23:42
Uma pesquisa global feita pela consultoria Michael Page, com 4,3 mil diretores de RH de grandes companhias espalhadas em 32 países, aponta que os gestores pretendem aumentar o quadro de funcionários em 2013.
O estudo, batizado de Michael Page Global HR Barometer 2013, mostra que as economias emergentes lideram o ranking. Na Rússia, por exemplo, 96% dos diretores de RH afirmaram que irão contratar ao longo do ano; na China, 94%. Na Turquia, 95% pretendem contratar mais pessoas. O Brasil divide a 4º posição do ranking com México e Estados Unidos. Nos três países, 93% dos diretores de RH afirmam que suas companhias irão aumentar o quadro de funcionários em 2013.
Devido à crise ecocômica, os países europeus ocupam as últimas posições do ranking. Polonia, Itália, Espanha e Portugal são os países que menos devem contratar ao longo de 2013.
Escassez de mão de obra qualificada
Encontrar talentos é o grande desafio em todas as partes do mundo. Para metade dos entrevistados pela Michael Page, a busca por profissionais continua sendo ?difícil? ou ?muito difícil?. No Brasil, 52% dos dos gestores classificam a busca dentro destes parâmetros.
A escassez de profissionais qualificados levou as empresas a mudarem a forma como buscam talentos no mercado. A solução encontrada pelos departamentos de RH foi a adoção de canais múltiplos. De acordo com o levantamento da Michael Page, globalmente, 91% fazem divulgação de vagas na internet, 84% utilizam seu próprio website e 83% procuram por consultorias de recrutamento. Para a maioria dos líderes de RH que participaram da pesquisa, as consultorias de recrutamento são o melhor caminho para encontrar e recrutar bons profissionais para cargos de gestão.
Retenção
O Global RH Barometer 2013 da Michael Page mostra que retenção de talentos é também uma grande prioridade dos departamentos de RH em todo o mundo. E mais uma vez benefícios aparecem como prioridade para 64% das empresas brasileiras na estratégia de reter profissionais, seguido de treinamento e desenvolvimento profissional com 63%. No resto do mundo, treinamento e desenvolvimento supera politicas de beneficio como foco dos diretores de RH, 55% e 47%, respectivamente.
Politicas de RH focadas em qualidade de vida são mais comuns no resto do mundo do que no Brasil. É prioridade para 38% dos diretores de RH lá fora; apenas 33% dos profissionais locais apontam medidas que priorizem maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Segundo a pesquisa, as empresas brasileiras estão investindo mais em programas de saúde e bem estar do que a média global, 47% contra 42%. Por outro lado, o home office é melhor visto pelos diretores de RH do restante do mundo em relação aos brasileiros. A média global de diretores de RH que consideram o home office ferramenta importante é de 27%, no Brasil é de 15%.
Salários
Remuneração e benefícios são os maiores desafios para os gestores brasileiros. Enquanto a questão é um problema para 41% dos profissionais ao redor no mundo, aqui no Brasil o assunto é espinhoso para 57%. No resto do mundo o estudo da Michael Page aponta que o maior desafio para as empresas hoje é difundir sua cultura corporativa, seguido de administração de desempenho.
Reconhecimento
Enquanto 58% das empresas brasileiras reconhecem a disponibilidade e empenho dos seus colaboradores por meio de horas-extra, globalmente o indicador fica bem abaixo, 43%. Isso é mais um indicativo que demonstra que o mercado e trabalho no Brasil andam de fato mais dinâmicos que a média global. No resto do mundo apenas 43% dos profissionais consideram a hora-extra como ferramenta importante de reconhecimento.