Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) – A confiança da indústria no Brasil subiu para seu maior patamar em quatro meses em junho, refletindo melhora nas expectativas, embora riscos como escassez de insumos e alta dos custos continuem em jogo, disse a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 3,4 pontos este mês, a 107,6 pontos, máxima desde fevereiro deste ano (107,9).

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Essa leitura foi “influenciada pelo avanço das expectativas em relação aos próximos meses”, disse em nota Claudia Perdigão, economista da FGV IBRE, destacando que “a recuperação das economias externas e o avanço do processo de vacinação no país contribuem para o aumento do otimismo das empresas”.

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção dos empresários sobre os próximos meses, subiu 5,0 pontos em junho, a 104,0 pontos, seu segundo ganho consecutivo após quatro meses de queda.

O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, teve alta de 1,8 ponto, para leitura de 111,3, quebrando uma sequência de cinco quedas consecutivas.

Apesar da maior confiança em junho, é preciso cautela, alertou Perdigão. “O setor ainda enfrenta dificuldades com a escassez de insumos (e) aumento dos custos, que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre.”

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