O governo do Brasil comemorou hoje (10) a aprovação da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet como Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O nome dela foi aprovado por aclamação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela assume o cargo no dia 1º de setembro.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores destacou a capacidade da ex-presidente chilena, sua história de defesa dos direitos humanos e colocou-se à disposição para contribuir.

“O governo brasileiro confia na capacidade de Michelle Bachelet de lidar com os desafios que se apresentam ao sistema internacional de direitos humanos e oferece seu apoio para que cumpra, com êxito, seu mandato como Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos”, diz a nota do Itamaraty.

Michelle Bachelet foi duas vezes presidente do Chile, marcando sua gestão pelas causas sociais e defesa dos direitos humanos. Tem uma história ligada à luta pela democracia, uma vez que seu pai foi vítima da ditadura de Augusto Pinochet.

Após deixar o governo, a chilena foi a primeira diretora-executiva da ONU Mulheres e atualmente lidera uma aliança internacional para a saúde das mães, os recém-nascidos e as crianças. Pediatra, Michelle Bachelet tem preocupações com saúde pública.

Nas últimas semanas, seu nome era especulado como possível substituição de Zeid, um cargo para o qual tinha postulado publicamente o suíço Nils Melzer, atualmente relator especial da ONU sobre a tortura.

A nota do Itamaraty lembra a trajetória internacional de Bachelet nas Nações Unidas. “Foi a primeira diretora-executiva da ONU Mulheres, organização na qual se empenhou para fazer avançar o tema da igualdade de gênero. Ocupou por dois mandatos a presidência do Chile. Valendo-se de sua formação como pediatra, lidera, também, uma aliança internacional para a saúde materna e infantil.”