15/08/2018 - 15:53
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, disse nesta quarta-feira, 15, ao participar do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro, que está discutindo com o Tribunal de Contas da União (TCU) a criação de um manual de procedimento para exportação de serviços. Segundo ele, o país tem o grande dever de casa de reestruturar seu sistema de apoio à exportação, mas não pode achar que é possível prescindir desse sistema.
De acordo com Oliveira, apenas 3% das exportações de bens e serviços de alto valor agregado brasileiras são apoiadas pelo banco, enquanto na China a participação do setor público é de 19% e na Coreia alcança 40%. Na exportação de serviço de engenharia, o suporte do banco representou menos de 10% do valor exportado pelas empresas do setor, acrescentou.
O presidente do BNDES lembrou que o apoio do banco ao setor de exportação tem sido constante, mas reconheceu que essa atividade tem sido objeto de “muita averiguação” no período recente. Ele considera, porém, o modelo baseado no Fundo Garantidor de Exportações (FGE) exitoso e meritório, embora tenha riscos.
“Podemos melhorar na transparência, no processo de seleção dos projetos, mas não podemos deixar de ter esses projetos”, disse ele. “Temos o grande dever de casa de reestruturar o sistema de apoio às exportações, mas com a clareza de que são necessários”, defendeu, depois de destacar que o país vive um momento de estagnação e de perda de tonicidade na pauta de exportações.