A Livelo, empresa de Bradesco e Banco do Brasil, que atua no segmento de programas de coalizão, vai dar um importante passo para manter os pontos acumulados pelos clientes dos bancos dentro de sua plataforma. Na segunda semana de setembro, a companhia lançará uma agência de viagens própria, que será operada em parceria com a operadora CVC. “Quem comprar na nossa agência vai ganhar, além dos pontos do cartão, de dois a cinco pontos a mais”, diz Alexandre Rappaport, CEO da Livelo, com exclusividade à coluna. A tacada da companhia acontece, sobretudo, pelo alto índice de conversão de pontos em viagens – o que, na maioria das vezes, faz o cliente Livelo transferir seus pontos para concorrentes como Smiles e Multiplus.

 

A meta é dobrar de tamanho

Com 18 milhões de clientes cadastrados e um faturamento de mais de R$ 970 milhões no ano passado, a Livelo prevê dobrar as receitas até o fim de 2018. E vai também aumentar a sua capilaridade a partir do ano que vem. A companhia vai usar toda a estrutura das áreas corporativas das milhares de agências do Bradesco e do Banco do Brasil espalhadas pelo País para vender pontos para empresas. A ideia é mostrar aos clientes que os pontos podem ser vistos como ferramentas de benefícios para as empresas incentivarem e premiarem seus funcionários. Indagado sobre uma abertura de capital da companhia, a exemplo de suas concorrentes, Rappaport deixa o assunto no ar. “A empresa está pronta. Mas isso vai depender dos acionistas.”

(Nota publicada na Edição 1084 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo)