29/08/2018 - 12:03
O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, disse na terça-feira, 28, no Rio, que a ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de São Paulo contra ele está baseada na “palavra de um bandido” – em referência ao ex-presidente da construtora UTC Ricardo Pessoa.
O ex-prefeito sugeriu que a ação foi proposta para gerar um fato político às vésperas da eleição. Haddad deverá substituir Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência pelo PT, já que o ex-presidente, condenado e preso na Lava Jato, está potencialmente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
“O MP tem na mão a palavra de um bandido que mentiu oito vezes para a Justiça e teve seus interesses contrariados aos 44 dias do meu governo”, disse Haddad. “Parece que foram oito inquéritos arquivados porque ele não consegue comprovar o que diz.”
O ex-prefeito sugeriu que o MP paulista atua politicamente e não investiga da mesma forma suspeitas de corrupção relacionadas ao governo de São Paulo, controlado pelos tucanos desde a década de 1990.
Segundo Haddad, em “24 anos de governo do PSDB, tem escândalo em todo o canto”. “E não há nada, não há nenhum procedimento (de investigação).”
Ele levantou suspeita sobre o momento em que a ação foi ajuizada. “De repente, uma coisa de três anos atrás aparece faltando 40 dias para a eleição?”, questionou.
A Executiva Nacional do PT divulgou nota na terça na qual afirma que vai apresentar uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o promotor Wilson Tafner, responsável pela ação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.