11/09/2018 - 8:15
Os preços do petróleo marcavam alta na manhã desta terça-feira, em meio a riscos à oferta da Líbia após um ataque à empresa estatal no país africano.
Às 7h56 (de Brasília), o barril do Brent para novembro subia 0,78%, a US$ 77,98, na Intercontinental Exchange (ICE), enquanto o barril do WTI para outubro avançava 0,36%, a US$ 67,80, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Ontem, um grupo armado invadiu a sede da National Oil Corporation (NOC), matando duas pessoas. O ataque elevou preocupações sobre novas rupturas da produção de petróleo líbia, na esteira de uma série de interrupções causadas por ofensivas em outras ocasiões ao longo de 2018. Mais recentemente, a produção aparentava estar se estabilizando.
As instalações da NOC foram invadidas anteriormente por milícias concorrentes. Nenhuma organização assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas o grupo autodenominado Estado Islâmico já teve como alvo instalações de petróleo em ocasiões passadas.
“O ataque na Líbia algum impulso aos preços”, disse o economista de commodities da Capital Economics Thomas Pugh. “Preocupações com a oferta têm dominado (o mercado) ao longo das últimas duas semanas.”
A renovação da violência na Líbia surge num momento em que investidores do mercado de petróleo voltam a atenção para as exportações de óleo bruto do Irã, como resultado das iminentes sanções econômicas contra a indústria petrolífera do país persa, previstas para entrar em vigor em novembro. Isso porque o óleo líbio vinha sendo considerado uma alternativa ao iraniano.
Além disso, participantes do mercado de petróleo aguardam com expectativa a divulgação amanhã e na quinta-feira dos relatórios mensais da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE), respectivamente, com o olhar atento ao aumento da produção da Arábia Saudita em agosto.
Nesse meio tempo, “não só há forte demanda entre investidores financeiros, que estão primordialmente na ponta compradora devido ao apetite a risco nos mercados financeiros, como também um dólar algo mais fraco e expectativas de exportações decrescentes no Irã mantêm a demanda física robusta”, escreveram analistas do Commerzbank em nota a clientes nesta terça-feira. (Dow Jones Newswires)