Uma operação da Polícia Civil de Catanduva, no interior de São Paulo, resultou na prisão de 12 pessoas por ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvimento em uma espécie de “tribunal do crime” no noroeste do Estado. Quatro já estavam presas e outras oito foram detidas nesta quinta-feira, 20, em Catanduva, Bebedouro, Taiúva e Mirassol após terem as prisões decretadas pela Justiça.

Ainda foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, também nas cidades de Taiaçu e Ibitinga.

Pelo menos duas pessoas teriam sido executadas com o envolvimento dos suspeitos. Alexandre Pereira de Souza e Marcelo Paulo Alves Silva Júnior foram encontrados mortos na região de Catanduva.

“As investigações apontaram que essas vítimas foram submetidas ao denominado ‘tribunal do crime’, sendo julgadas pela facção e executadas”, afirmou o delegado Hélvio Bolzani, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Catanduva.

Entre os presos na Operação Desarme, como foi chamada, está um advogado de Taiúva que teria levado a arma para um dos assassinatos. Também foi para a cadeia um homem apontado como líder do PCC na região e responsável por mandar cumprir as “sentenças”. Ainda foram apreendidas drogas e dinheiro.

Sobreviventes

A polícia chegou aos envolvidos graças a duas pessoas que eram mantidas em cativeiro em Bebedouro e conseguiram fugir enquanto aguardavam a sentença no fim do mês passado.

Os acusados devem responder por crimes como cárcere privado, sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.