25/09/2018 - 14:46
O candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (Avante-SP) pediu nesta segunda-feira, 24, ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, mais prazo para apresentar garantias da fiança de R$ 1,5 milhão. O prazo para que o ex-líder do governo Lula e Dilma na Câmara apresentasse as garantias terminou às 23h59.
O ex-deputado foi preso em 2017 na Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato. Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou “problemas de saúde”, mas com imposição de seis medidas cautelares. Na lista, a fiança de R$ 1,5 milhão.
Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Em julho deste ano, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, o ex-deputado criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal nas eleições 2018. A “vaquinha” de Vaccarezza foi revelada por reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Desde o início de agosto, o juiz Moro cobra a fiança de Vaccarezza. No dia 10 de setembro, o magistrado autorizou que o ex-deputado apresentasse uma carta de fiança.
Em manifestação, a defesa afirmou que a decisão de Moro “não acolhe expressamente a prestação da fiança por meio da carta, conforme exigido pela instituição financeira”. O advogado de Vaccarezza anotou que “não se trata, à toda evidência, de impor condições ao juízo, mas sim de atender a questões formais estabelecidas pela instituição”.
“Seria necessário que o juízo expressamente acolhesse a proposta de prestação de fiança por meio da carta garantia para, em seguida, o requerente obter a carta junto à instituição, no prazo de 5 dias úteis”, registrou a defesa.
No mesmo documento, a defesa requereu que, alternativamente à carta de fiança, o juiz conceda um prazo de 30 dias para juntada da documentação relativa a imóveis dados em garantia.