O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) autorizou a refinaria de alumina Hydro Alunorte “em caráter excepcional”, a utilizar a tecnologia de filtro prensa no processamento de resíduos de bauxita, o que estenderá a vida útil da área de disposição de resíduos de bauxita DRS1 e permitirá que a Alunorte continue suas operações de forma segura. A empresa paralisou totalmente a produção de bauxita no Pará na última quarta-feira, alegando que o depósito de resíduos 1 (DRS1) estaria próxima de atingir sua capacidade máxima.

A companhia já vinha atuando com 50% de sua capacidade desde que foi denunciada por despejar rejeitos de forma irregular em rios e igarapés dos municípios de Barcarena e Paragominas para diminuir a pressão e o volume em sua principal bacia de rejeitos durante um período de fortes chuvas. O caso ocorreu em fevereiro.

“Após a decisão do Ibama, a Alunorte trabalhará com a Semas, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, para obter autorização para uso do filtro prensa no DRS1. Este filtro gera resíduos empilháveis com consideravelmente menos conteúdo de água do que o filtro de tambor. Depois de receber essa autorização, a Alunorte poderá reiniciar a operação com 50% da capacidade”, informou a Hydro Alunorte em nota.

A retomada de 50% da produção da Alunorte permitirá que a mina de bauxita de Paragominas e que a fábrica de alumínio primário Albras continuem operando com metade da capacidade, em vez serem totalmente desligadas em consequência da desativação da Alunorte, ressaltou a companhia em nota.