A vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre o petista Fernando Haddad nas eleições do primeiro turno deve manter o bom humor no mercado financeiro nos próximos dias. Já nesta segunda-feira (8), a moeda americana abriu em forte queda de 3%, atingindo R$ 3,70.

Para o coordenador do curso de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio, o cenário da valorização do real ante a moeda norte-americana e o saldo positivo na bolsa tende a ser mantido.

“Caso não haja uma reversão nos números, os índices tendem a se manter desta forma. O mercado tem se mostrado mais Bolsonaro do que Haddad por ele ter o Paulo Guedes ao seu lado e uma postura mais pró-mercado”, afirma.

O presidenciável do PSL acumulou 46,03% dos votos válidos no primeiro turno, enquanto Hadad ficou com 29,28% do total. Além da ampla vantagem, o partido de Bolsonaro também conquistou grande número na Câmara dos Deputados, atrás somente do PT.

Instabilidade eleitoral

Na última sexta-feira (5), o dólar fechou em queda de 1,01%, a R$ 3,85. Este foi o menor índice desde o dia 9 de agosto, quando a moeda encerrou o dia em R$ 3,80. Na última semana antes do primeiro turno, o dólar acumulou queda de 4,53%.

O movimento mostra uma queda na valorização da moeda norte-americana desde o início da disputa eleitoral, em agosto. No dia 13 de setembro, o dólar atingiu o maior pico desde a criação do Plano Real, em 1994, fechando em R$ 4,19 na venda.