11/10/2018 - 12:38
A Confederação Nacional da Indústria defendeu a manutenção do teto de gastos, as reformas e o ajuste nas contas públicas pelo próximo governo. Em boletim divulgado nesta quinta-feira, 11, a entidade afirma que o país pode crescer até 3% em 2019, mas que, para isso, é necessário que o novo presidente faça as reformas necessárias para um ajuste fiscal de longo prazo que elimine o déficit fiscal e reverta a trajetória de crescimento da dívida pública.
“O novo ambiente de crescimento permitirá ações mais ousadas na agenda da competitividade – como uma reforma na tributação sobre o consumo e da renda das pessoas jurídicas – que potencializarão o ritmo do novo ciclo de crescimento”, afirma a CNI.
Para a entidade, o ajuste fiscal é o principal desafio do novo governo. “É inexorável um ajuste que reponha a trajetória das contas públicas na linha da responsabilidade fiscal. Em 2018, completaremos o quinto ano seguido de déficits primários expressivos. Esse quadro precisa ser revertido”, adverte.
A CNI ressaltou a importância de manter o teto de gastos e disse que, para isso, são necessárias reformas que já estão em tramitação no Congresso Nacional, como da Previdência e projetos que tratam da remuneração dos servidores públicos. “Ambos são cruciais para reduzir o ritmo de expansão das despesas primárias”, destaca.
No Informe Conjuntural divulgado nesta quinta, a CNI piorou as principais projeções para o ano, entre eles para o crescimento do PIB, que passou de 1,6% para 1,3%.