26/11/2018 - 9:46
Os candidatos à Presidência da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) prometem uma postura crítica em relação aos governos que se iniciam em 2019, o de João Doria (PSDB) no Governo do Estado e o de Jair Bolsonaro (PSL) no federal. Todos defendem uma entidade mais protagonista no debate político.
A escolha do novo presidente da seccional paulista da Ordem será feita na próxima quinta-feira, 29, na capital e no interior. A chapa vitoriosa comandará a entidade pelos próximos três anos. O atual presidente da OAB de São Paulo e candidato à reeleição, Marcos da Costa, é o favorito, segundo pesquisa Ibope divulgada em outubro.
Costa tem 35% das intenções de voto num cenário em que 39% dos eleitores ainda estão indecisos. Ele é seguido por Serguei Cobra Arbex (6%), Caio Augusto Silva dos Santos (4%), Antonio Ruiz Filho e Leonardo Sica (com 3% cada). O Ibope não divulgou quantas pessoas foram ouvidas, em que período ou a localidade.
Os candidatos propõem mais transparência na administração da entidade e, principalmente, uma postura crítica em relação aos governos que se iniciam.
O atual presidente, Marcos da Costa, que encabeça a chapa 12, quer atuar contra a abertura indiscriminada das faculdades de direito no País. “Temos que nos preocupar com a qualidade da formação do profissional”.
Caio Augusto da Silva, da chapa 11, defende a descentralização efetiva da administração da entidade, transparência e o protagonismo da mulher advogada como bandeira. “Esse foi um dos motivos da nossa dissidência em relação à atual administração da OAB em São Paulo”.
Já o criminalista e candidato Sergei Cobra Arbex, chapa 16, diz querer recuperar o prestígio da entidade e se coloca contra a possibilidade de reeleição na presidência da entidade. “A entidade precisa ser uma referência na defesa da Constituição”
Antonio Ruiz Filho, chapa 14, defende uma reforma administrativa na Ordem que resulte em uma redução de 30% no valor da anuidade aos associados.
Para Leonardo Sica, chapa 13, um dos pontos mais importantes da nova gestão seria o de atrair os jovens para a entidade. “De fato, somos a única chapa que faz realmente oposição ao que está posto atualmente”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.