09/01/2019 - 7:25
O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) deu sequência nesta terça-feira, 8, a uma minirreforma em seu secretariado iniciada em novembro, após a vitória do ex-prefeito João Doria (PSDB) nas eleições para o governo do Estado. Entre as principais trocas, estão as das pastas de Educação e Habitação.
Segundo Covas, as nomeações têm, “em primeiro lugar”, objetivo de cumprir seu plano de metas, mas reconheceu que atendem ao interesse de “consolidar o apoio” ao governo. Covas deve ser candidato à reeleição em 2020.
O novo titular da Educação é João Cury, ex-tucano e amigo pessoal do prefeito, que foi expulso da legenda pelo grupo ligado a Doria ao decidir ficar na Secretaria Estadual da Educação da gestão Márcio França (PSB). Ele é contemporâneo de Covas na juventude do PSDB e já havia indicado sua equipe para cargos na Prefeitura após deixar a sigla.
Na semana passada, a gestão Doria criticou a atuação de Cury na pasta estadual, ao afirmar que ele não havia comprado material escolar para o início do ano letivo. De acordo com Cury, o contrato foi assinado em dezembro e os kits chegariam a tempo.
A demissão de Alexandre Schneider da Educação trouxe o maior ruído. Tido como bom gestor até por opositores e de bom trânsito na rede municipal de ensino, havia zerado a fila de espera na pré-escola, entre outras metas. Ele soube da demissão na segunda-feira, dia 7, por volta das 19 horas, quando a edição do Diário Oficial da Cidade que trazia a exoneração já estava pronta.
Covas abriu espaço para o PRB, dando ao partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus a Secretaria de Habitação. O novo chefe da pasta, Aloisio Pinheiro, era secretário do Verde de Suzano, na Grande São Paulo, e assumiu o lugar de Fernando Chucre – que continua na gestão, agora na pasta de Urbanismo.
A titular de Urbanismo e Licenciamentos, Heloísa Proença, também deixou a administração. A pasta foi dividida, e o atual secretário de Gestão, César Boffa, vai cuidar de Licenciamentos. Sua adjunta, Malde Villas Boas, fica como titular de Gestão.
Além disso, a pasta de Relações Internacionais deve ser eliminada e o titular, Emílio Massot, fica só até o fim do processo de extinção. Do secretariado que assumiu em janeiro de 2017, só André Sturm (Cultura), Daniel Annenberg (Inovação) e Cid Torquato (Pessoa com Deficiência) continuam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.