11/01/2019 - 16:19
O vereador de Ferraz de Vasconcelos (SP), Renato Ramos de Souza (PPS), o Renatinho Se Ligue, reagiu nesta sexta-feira, 11, às acusações do ex-prefeito Acir Filló dos Santos (expulso do PSDB), que pediu acordo de delação com o Ministério Público Estadual de São Paulo.
Filló foi preso em abril de 2017 após investigações do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, apontarem licitações irregulares que teriam lesado os cofres públicos em pelo menos R$ 15 milhões. Ele está recolhido na Penitenciária de Tremembé.
O acordo, no entanto, foi arquivado pelo procurador de Justiça João Antonio Bastos Garreta Prats, até que Filló apresente provas de suas acusações.
Segundo o ex-prefeito, o vereador Se Ligue teria recebido R$ 192 mil em um suposto esquema de propinas que atinge seus sucessores e 19 vereadores.
O vereador afirmou que Filló “falta com a verdade”. “Tendo ainda a audácia de levantar suspeitas quanto à minha conduta como servidor público, como cidadão e como vereador legitimamente eleito”.
“Por ter um nome e um trabalho sério a zelar, e em respeito à minha trajetória – sobretudo no segmento estudantil e como professor da rede pública de ensino – e à minha família, elucido que jamais participei, apoiei ou fui conivente com práticas arbitrárias, fraudulentas ou quaisquer outras que pudessem prejudicar os Poderes Constituídos e o erário público”, afirma.
Se Ligue segue. “Sempre agi dentro da lei, com responsabilidade e lisura, ao passo em que sempre prestei contas de meus atos ao povo, sendo, ainda, extremamente crítico e criterioso no trato com a coisa pública. Desta forma, ao mesmo tempo em que rechaço veementemente a informação infundada prestada a este veículo de Comunicação sobre minha pessoa, estou totalmente à disposição da Justiça”.
“O legado de minha família, pautado por muito esforço e trabalho, e minha trajetória validam minha indignação e minha inocência, assim como meus hábitos, meu estilo de vida e os resultados de minha atuação como cidadão e como homem público no combate a privilégios e à corrupção”, defende.
O vereador ainda afirma que “foi eleito para representar todos aqueles que acreditam que os políticos devem servir o povo no Estado, e não se servir do Estado para acumular riquezas, contemplar parceiros, distribuir e negociar cargos, e patrocinar, de maneira sintomática, o desgaste da política”.