05/02/2019 - 10:45
Os trens da linha 3- Vermelha da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) funcionam com maior intervalo de tempo nas estações na manhã desta terça-feira, 5, segundo relato de passageiros. Após assembleia na noite de segunda-feira, 4, o sindicato da categoria decidiu suspender a greve geral que estava programada para esta terça-feira (5).
Depois dos transtornos no sistema de transporte público provocados pela chuva na manhã de segunda-feira, o receio nesta terça-feira em razão de mobilização de greve. “É muito ruim ficar dentro do metrô lotado. Sempre que chove é o mesmo transtorno. Além de melhorias por parte do governo para que o trem não pare sempre que chover, acho que falta respeito por parte dos passageiros. Entendo que todos ficam cansados, mas nesta segunda, ouvi criança chorando dentro do vagão e ninguém se quer ofereceu um assento para ela e a mãe. É muito triste também”, comentou a passageira Márcia Pires que estava em pé no vagão e acompanhou de longe a cena. Segundo ela, mesmo sem chuva, é um cenário que se repete constantemente.
Embora o Metrô tenha divulgado em seu site que o funcionamento estava normal, passageiros observaram que os trens estavam demorando para sair da estação Corinthians-Itaquera no sentido da estação Palmeiras-Barra Funda, por volta das 8h desta terça-feira. Também ficaram mais tempo em algumas estações.
“Entendo que é direito do funcionário exigir seus direitos, mas é muito complicado para os trabalhadores que dependem todos os dias do metrô”, afirmou o contador Cléber dos Santos.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo divulgou na noite desta segunda-feira, após assembleia, uma nota informando suspensão da greve geral que estava programada para Terça-feira. Também foi votada a continuidade da mobilização, com a retirada de uniforme e uso do adesivo.
Nova reunião foi marcada para as 10h desta terça-feira na sede do Metrô para discutir ainda temas como a rejeição das propostas de nova escala de trabalho e aumento da jornada.
Em nota, os metroviários reforçam campanha salarial, insatisfação com a privatização e a terceirização das bilheterias. Também pedem a readmissão do operador Joaquim José, que foi demitido após descumprir procedimento orientado pelo Centro de Controle de Operações (CCO) do Metrô e danificar um equipamento de via próximo à estação Jabaquara por volta de 7h30 do dia 22 de janeiro.
Os metroviários seguem mobilizados e uma nova assembleia irá ocorrer na próxima quinta-feira, 7, no sindicato. A reportagem aguarda o posicionamento do Metrô sobre o assunto.