13/02/2019 - 15:37
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram nesta quarta-feira, 13, a Operação Retomada contra desvios de verbas públicas da educação no sertão de Alagoas. São cumpridos 40 mandados de busca e apreensão nos municípios de Traipu e Feira Grande.
A Operação Retomada tem como objetivo recuperar os bens adquiridos com verbas públicas supostamente desviadas pelo ex-prefeito de Traipu, Marcos Santos. Ele foi preso na noite de 12 de dezembro do ano passado durante a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Ó, e continua recolhido na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira.
Traipu tem cerca de 28 mil habitantes e fica a 190 quilômetros da capital Maceió.
A investigação aponta fraude com recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação) e do PNATE (Programa Nacional de Transporte Escolar).
Em nota, a PF informou que a Procuradoria da República requereu à Justiça Federal a expedição de mandados de busca e apreensão em ação cautelar de indisponibilidade de bens preparatória de ação de improbidade (0000566-40.2011.4.50.8001).
A Operação Retomada tem o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
Foram mobilizados 30 agentes da Polícia Federal. Todo material apreendido será levado para a sede do Ministério Público Federal em Arapiraca e para o Departamento de Estradas e Rodagem em Alagoas (DER-AL).
Quando foram autorizados os primeiros mandados de busca e apreensão e a decretação da indisponibilidade dos bens desta investigação, Marcos Santos era investigado em alguns inquéritos policiais e procedimentos administrativos do Ministério Público Federal em Alagoas.
O ex-prefeito já respondia a ações judiciais no âmbito federal: processo n. 0002175-61.2011.4.05.8000 – Ação Civil Pública; Processo n. 0000072-83.2008.4.05.8001 – Ação Penal Pública; Processo n. 0000101-02.2009.4.05.8001 – Ação Penal; Processo n. 0000747-46.2008.4.05.8001 – Ação Penal; Processo n. 0000759-60.2008.4.05.8001 – Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa; Processo n. 0000889-16.2009.4.05.8001 – Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa.
A reportagem tenta contato com a defesa. O espaço está aberto para manifestações.