03/03/2019 - 16:42
O padre Cláudio Cândido Rosa, de 43 anos, suspeito de estuprar dois coroinhas menores de 14 anos na paróquia em que atuava, em Presidente Epitácio, extremo oeste do Estado de São Paulo, foi preso na quinta-feira, 28, depois de se apresentar à Polícia Civil. Ele estava com mandado de prisão preventiva expedido desde o mês passado, mas não havia sido localizado.
O padre Cláudio se apresentou à polícia de Presidente Prudente acompanhado por um advogado. Ele nega as acusações, mas foi recolhido à penitenciária de Lucélia, na mesma região. A defesa informou que vai entrar com pedido para que o religioso responda às acusações em liberdade. As denúncias surgiram no fim de 2017, quando o padre atuava na paróquia de São Pedro, em Presidente Epitácio. Um comerciante da cidade procurou a polícia após ouvir relato do próprio filho de suposto abuso.
Durante as investigações, outro adolescente também fez denúncias e entregou à polícia uma foto em que o padre aparecia nu em sua residência – a casa paroquial. Em busca no imóvel, a polícia apreendeu um celular e três computadores do padre, concluindo que havia provas consistentes de crimes sexuais.
Em novembro de 2017, o bispo de Presidente Prudente, d. Benedito Gonçalves dos Santos, comunicou que o padre Cláudio Cândido Rosa, “alegando motivos de saúde, entregou a administração da paróquia”. O comunicado da diocese não fez referência às investigações, mas o afastamento causou especulação entre os paroquianos. O padre deixou a cidade e voltou para Uruaçu, no interior de Goiás, onde moram seus familiares.
O inquérito contra o religioso foi concluído em fevereiro deste ano. Ao ser ouvido por carta precatória, o padre Cláudio negou todas as denúncias. O juízo da 1.ª Vara de Presidente Epitácio acolheu pedido da Polícia Civil e expediu mandado de prisão preventiva. O defensor do padre reiterou a inocência dele, mas informou que não poderia dar detalhes sobre o caso, porque o processo está em segredo de justiça. A diocese de Presidente Prudente informou que o bispo estava em visita pastoral e poderia se manifestar somente na quarta-feira, 6.