13/03/2019 - 18:01
A catarinense Regina Vanderlinde é a atual presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, órgão de referência no mundo dos brancos e dos tintos e mais conhecido pela sigla OIV. Formada em farmácia bioquímica e professora da Universidade de Caxias do Sul, Regina foi eleita no ano passado, para um mandato de três anos. Ela assumiu no lugar da norte-americana Monika Christmann, com a proposta de promover iniciativas que contribuam para um modelo de negócio internacional baseado na transparência e nas trocas comerciais.
Fundada em 1924 e atualmente com 46 países-membros, a OIV define os padrões internacionais sobre uvas, vinhos e demais bebidas a base de uvas, e é responsável pelos dados econômicos e pelo comércio internacional do setor do vinho.
Regina já participava do órgão desde 2001, em diferentes comissões. No Brasil, ela é respeitada pelo seu conhecimento técnico e, por 17 anos, trabalhou e chefiou o laboratório de Referência Enológica do Instituto Brasileiro do Vinho. Regina cursou o mestrado e doutorado em enologia na Universidade de Bordeaux. E atualmente, com o novo cargo, que tem também uma importante função diplomática, concilia a vida na ponte-aérea entre Paris, a sede da entidade, Brasil.
As mulheres e o vinho
Durante todo o mês de março posto aqui as mais diversas histórias de mulheres no mundo do vinho. Em 2018 foram 23 textos de personalidades e épocas diferentes e em 2019 continuo a tradição. Adorei pesquisar e conhecer mais sobre estas pessoas e seus desafios. Confira, a seguir, quais foram estas mulheres.
2019
2018
– Barbe-Nicole Clicquot, mais conhecida como a Veuve Clicquot
– Jancis Robinson, a inglesa mais influente do mundo do vinho com o seu www.jancisrobinson.com
– Lalou Bize-Leroy, a polêmica e competentíssima produtora da Borgonha
– Serena Sutcliffe e os leilões de vinho
– Maria Luz Marín, a chilena pioneira no vale de San Antonio, no Chile.
– Natasha Bozs, uma das primeiras enólogas negras da África do Sul, da Nederburg
– Elena Walch, a arquiteta que virou enóloga e hoje tem sua própria vinícola no Alto Adige
– Véronique Drouhin-Boss, a francesa da quarta geração da domaine Drouhi
– As associações de mulheres e vinhos já existem em 10 regiões francesas
– Lorenza Sebasti, proprietária da vinícola italiana Castello di Ama
– A portuguesa Filipa Pato, dos vinhos da Bairrada
– Lis Cereja, a brasileira que mais e melhor levanta a bandeira do vinho natural no Brasil
– Féminalise, um concurso de vinhos francês que só tem juradas
– Albiera Antinori, a primeira mulher a dirigir a tradicional vinícola italiana
– Susana Balbo, a pioneira nos vinhos argentinos
– Cecília Torres, a primeira mulher nos vinhos chilenos com o Casa Real
– Ludivine Griveau, que dirige os vinhos do Hospice de Beaune, na Borgonha
– A dupla de amigas e enólogas portuguesas Sandra Tavares e Susana Esteban
– Patricia Atkinson, e a sua aventura de elaborar vinhos franceses