Atolado em dívidas processuais e com advogados, e tendo que pagar multas nos Estados Unidos, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, se desfez nos últimos dois ano de diversos imóveis que renderam um valor total de R$ 37 milhões, segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo. As vendas aconteceram entre fevereiro de 2017 e dezembro de 2018, e incluem três imóveis: um casarão e um prédio comercial no bairro dos Jardins, em São Paulo, e um apartamento próximo a rua augusta, também na capital paulistana. Atualmente, Marin possui apenas uma sala comercial na avenida paulista.

Com 86 anos, o cartola está preso na penitenciaria de Allenwood, nos Estados Unidos, após ter sido preso na Suíça em maio de 2015. Ele está condenado e quatro anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que presidiu a CBF, de 2012 a 2015. Ele é acusado de receber U$ 6,5 milhões (R$ 25,3 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América, apesar de negar os crimes.

Em agosto de 2018, por exemplo, a juíza Pamela Chen,  de Nova York, condenou Marin a pagar US$ 1,2 milhão (R$ 4,6 milhões) e confiscou US$ 3,35 milhões (R$ 13 milhões) do brasileiro. Em novembro, ele teve de devolver US$ 137,5 mil (R$ 529 mil) para a Conmebol e a Fifa. Na última segunda-feira, a Fifa baniu Marin de qualquer atividade relacionada ao futebol e aplicou multa de 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 3,8 milhões).