22/04/2019 - 16:35
Começou nesta segunda-feira, 22, a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A novidade este ano é que os profissionais das forças de segurança e salvamento, que totalizam cerca de 900 mil pessoas, passaram a fazer parte deste segundo grupo prioritário.
Nesta nova etapa, poderão também receber a imunização crianças, gestantes, trabalhadores de saúde, povos indígenas, puérperas (mulheres até 45 após o parto), idosos (a partir dos 60 anos), professores, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional.
A primeira fase, que teve início em 10 de abril, vacinou crianças, gestantes e puérperas. O Ministério informou que 41,8 mil postos de saúde estão à disposição da população para a imunização. Além disso, 196,5 mil profissionais estão envolvidos na campanha, com a utilização de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
Até o final da mobilização, 31 de maio, 59,5 milhões de pessoas devem receber a dose da vacina. Até 13 de abril, foram registrados somente neste ano 369 casos de influenza em todo o País, com 67 óbitos. Segundo o Ministério, até o momento o subtipo predominante no país é influenza A H1N1, com 192 casos e 47 óbitos. O Amazonas é o que apresenta a maior circulação do vírus, com 130 casos e 34 mortes.
Veja perguntas e respostas sobre a influenza:
1. Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?
Os sintomas gerais das gripes são febre, dor de garganta, cabeça e no corpo, coriza, mal estar e tosse seca, com início súbito. As crianças também podem apresentar náuseas e vômitos. A gripe H1N1 apresenta sintomas semelhantes aos outros tipos de gripe, mas com mais chance de complicações, como pneumonia viral ou bacteriana, sinusite, otite ou piora de condições pré-existentes, como doenças cardíaca ou pulmonar. O risco de hospitalização é maior em pacientes portadores de doenças crônicas, obesidade, crianças e gestantes. Geralmente, os sintomas duram de três a sete dias, podendo a tosse e a dor no corpo persistirem por mais tempo.
2. Como acontece a transmissão?
A transmissão ocorre pela via respiratória, por contato próximo com doentes de gripe, durante a fala, espirro e tosse. Há possibilidade também da transmissão ocorrer pelo contato da mão na boca e olhos, após a exposição à superfície contendo o vírus. O vírus pode começar a ser transmitido até um dia antes do início dos sintomas. O período de transmissão dura sete dias em adultos e até 14 dias em crianças.
3. Quais são os grupos de risco?
Crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhador de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. De acordo com informe técnico da Campanha Nacional de Vacinação de Influenza do Ministério da Saúde, a vacinação em pacientes com doenças crônicas necessita de prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina.
4. Tenho uma criança em casa ou sou gestante e não me vacinei entre os dias 10 e 18 de abril. Ainda posso me vacinar?
Sim. A primeira fase priorizou gestantes e criaças entre 6 meses a menores de 6 anos, mas continua imunizando o público.
5. Quando será o Dia D da vacinação em 2019?
No dia 4 de maio, ocorrerá o Dia D de vacinação, quando os postos funcionarão no sábado, das 8h às 17h.
6. Quais são as diferenças entre os vírus que causam gripe?
De acordo com o Ministério da Saúde, existem três tipos de vírus influenza que circulam no Brasil: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas e não tem impacto na saúde pública, não estando relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias (A/H1N1 e A/H3N2).
7. O que muda de ano para ano?
Um vírus pode sofrer mutação e trazer infecções mais sérias porque não encontra uma população protegida por exposições anteriores.
8. A vacinação cobre todos os vírus? Como o imunizante é feito?
A vacina contra gripe ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra todos os tipos. O mesmo ocorre na rede particular. A definição da composição do imunizante muda a cada ano, considerando as cepas que mais circularam no Hemisfério Sul, no ano anterior. Para 2019, a Organização Mundial da Saúde definiu a composição da vacina com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B.
9. Como se prevenir?
A vacinação é a principal medida de prevenção. Os pacientes com gripe devem cobrir nariz e boca ao tossir e espirrar. É recomendável evitar aglomerações e lugares fechados. Além disso, recomenda-se lavar bem as mãos com água e sabão, usar álcool em gel para higienização, manter os ambientes arejados e evitar o contato com pessoas gripadas e resfriadas.
10. Quando devo procurar o médico?
Todos os pacientes que apresentem quadro de gripe e façam parte do grupo de risco – gestantes, puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz), portadores de doenças crônicas, obesidade (especialmente a mórbida), síndrome de Down, doenças neurológicas e do desenvolvimento, crianças menores de 5 anos e idosos – devem procurar atendimento precocemente, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Para os demais pacientes, as unidades de saúde devem ser procuradas imediatamente caso apareçam sintomas como falta de ar, cansaço, piora de doença crônica, persistência ou aumento da febre por mais de três dias.
11. Como é feito o tratamento?
Inicialmente, o tratamento é realizado com medicamentos que aliviem alguns sintomas, repouso e líquidos. Para os pacientes com sinais de agravamento e com condições de risco para complicações, é indicada a utilização de antivirais, em especial oseltamivir, conhecido comercialmente como Tamiflu.
12. Onde encontrar os remédios?
Os medicamentos, distribuídos pelo Ministério da Saúde, devem ser prescritos pelo médico. Cada município tem sua rede de unidades de saúde que atendem os pacientes. Para os pacientes com agravamento, o atendimento e o tratamento devem ser realizados nos hospitais.