20/06/2019 - 13:33
O ex-prefeito da cidade paulista de Platina Benedito Carlos Clausen, de 72 anos, e o filho dele Gilberto Jean Lopes Clausen, de 47 anos, foram baleados e mortos durante perseguição pela Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira, 19, em Assis, interior de São Paulo.
Durante o cerco, o ex-prefeito teria acelerado seu carro e atingido uma viatura da PM, que capotou. Três policiais ficaram feridos. Os policiais alegam que os dois ocupantes do veículo atiraram contra eles. Os PM apresentaram à Polícia Civil duas armas apreendidas com os suspeitos. A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar vão apurar a ação policial.
De acordo com a Polícia Civil, o carro em que o ex-prefeito estava com o filho foi abordado durante um bloqueio na rodovia municipal Manoel Fernandes, entre Assis e Lutécia, mas o motorista acelerou e teve início uma perseguição. Quando os policiais alcançaram o automóvel em fuga, o condutor jogou o carro contra a viatura, que acabou capotando, segundo a corporação.
Um policial foi atingido pelo carro ao sair da viatura e teve fratura no braço. O veículo dos suspeitos caiu em uma valeta e eles fugiram para um canavial. Conforme os policiais militares, os homens atiraram e, no revide, foram baleados. Pai e filho morreram no local. Nenhum policial foi atingido pelos disparos.
A equipe da PM apresentou à Polícia Civil de Assis uma pistola 765 e uma espingarda calibre 12 que estavam em poder dos suspeitos. Além do policial atropelado, outros dois PMs tiveram ferimentos na cabeça durante o acidente com a viatura. Eles foram atendidos em hospitais de Assis e liberados. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ação. A PM informou que o caso também é alvo de apuração pela sua corregedoria.
Refino de drogas
Benedito Clausen, também conhecido como “Dito Quati”, governou a cidade de Platina, no oeste paulista, de 1989 a 1992, mas depois teria enveredado para o crime. Em 1995, ele foi preso em Londrina, no Paraná, acusado de manter um laboratório para refino de drogas.
Em outubro de 2002, ele voltou a ser preso, junto com o filho Gilberto, acusados de integrarem uma quadrilha de ladrões de veículos importados. No mesmo ano, os dois foram resgatados de um minipresídio da 9ª Subdivisão Policial de Maringá. Recentemente, pai e filho teriam participado de um roubo em Bauru (SP) e, segundo a polícia, estavam escondidos em uma chácara da região.