04/07/2019 - 12:29
O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, afirmou nesta quinta-feira, 4, que, conforme determinação do presidente Jair Bolsonaro, “veremos a situação em que policiais vão se enquadrar” na reforma da Previdência. O comentário foi feito após Ramos tomar posse no ministério, em evento no Palácio do Planalto.
Um dos principais empecilhos antes da votação do relatório da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara foi justamente a questão da aposentadoria de policiais vinculados à União. Na quarta, líderes de partidos chegaram a afirmar, após reunião na casa do presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), que havia um acordo para que policiais que servem a União se aposentassem com idades menores, de 52 anos para mulheres e 53 anos para homens. Posteriormente, no entanto, Maia desmentiu o acordo. E a nova versão do relatório do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) não trouxe, de fato, um abrandamento das regras para os policiais.
Na manhã desta quinta, o presidente Jair Bolsonaro voltou a apelar por mudanças para a aposentadoria de policiais no texto da reforma. Além das alterações relacionadas a essa força policial, ele defendeu os policiais militares em discurso feito a integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Ao tratar de forma geral da interlocução com o Congresso, o ministro Ramos afirmou que existem hoje posições divergentes. “Vamos sentar e debater”, afirmou. “Temos que trocar ideias”, acrescentou.
Questionado sobre sua atuação na articulação com o Congresso, agora que tomou posse, Ramos lembrou que estava chegando neste momento ao ministério e que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vinha sendo o responsável pelas conversas com os parlamentares. “Estou à disposição do presidente Bolsonaro e do ministro Onyx”, afirmou. “Onyx está fazendo trabalho bom à frente da reforma da Previdência.”
Ramos pontuou ainda que é possível conversar com parlamentares da oposição, dentro do processo de negociação para a reforma da Previdência. Além disso, afirmou que alguns membros da equipe do ministério estavam sendo trocados por “questão de necessidade”.
Ramos também esclareceu que não é mais um general da ativa, já que está afastado da função, e fez questão de repetir que, agora, era ministro de Estado. “Estou assumindo a função mais desafiadora da minha vida”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro deu posse a Ramos na Secretaria de Governo na manhã desta quinta.