O Bradesco entregou o guidance prometido para sua carteira de crédito no primeiro semestre, mas não atingiu as metas traçadas para receitas de serviços e despesas operacionais. Já em relação ao resultado das operações de seguros, previdência e capitalização o banco superou o intervalo de crescimento esperado.

A carteira de crédito do Bradesco cresceu 9% no primeiro semestre deste ano, no piso do intervalo divulgado para 2019, de alta de 9% a 13%.

Já a margem financeira do banco cresceu 6% de janeiro a junho ante um ano, centro do guidance de 4% a 8%.

As receitas com prestação de serviços tiveram alta de 2% no primeiro semestre, abaixo do intervalo projetado, de alta de 3% a 7%. Também ficaram fora da meta do banco as despesas operacionais, que cresceram 6% no período contra faixa de zero a 4%.

As provisões no conceito expandida, que incluem os resultados de recuperações de crédito e os descontos concedidos aos clientes, somaram R$ 7,1 bilhões de janeiro a junho. Para o ano o banco espera que a cifra fique entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões.

Em contrapartida, o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização apresentou elevação de 17% na primeira metade do ano, superior ao intervalo esperado, de alta de 5% a 9%. O banco manteve todos os guidances de desempenho de 2019.

Basileia

O índice de Basileia total do Bradesco, que mede o quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi de 18,6% no segundo trimestre, melhora de 0,5 ponto porcentual (p.p.) ante o primeiro. Em um ano, o indicador teve aumento de 3,7 p.p. Neste caso, quanto maior, melhor.

O Bradesco explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a melhora da Basileia no segundo trimestre está relacionada à “forte” geração interna de capital, ou seja, do seu lucro líquido. “Além disto, o capital nível I (de melhor qualidade) foi beneficiado pelos ajustes de avaliação patrimonial, reduzindo os impactos do JCP/Dividendos e o aumento dos ativos ponderados pelo risco”, acrescenta o banco, no documento.

O capital de nível 1 do Bradesco foi a 15,0% ao fim de junho, 0,6 p.p. acima do visto em março. Em um ano, estava em 11,4%. O de nível 2 ficou em 3,6% ante 3,7% e 3,5%, respectivamente.

O capital principal, isto é, próprio dos acionistas, ficou em 13,7% no segundo trimestre, acima do registrado no primeiro, de 13,0%. Há um ano, o indicador estava em 10,6%.