15/08/2019 - 9:02
Como se não fosse suficiente o desemprego em alta escala, os trabalhadores brasileiros estão prestes a sofrer consideráveis perdas na relação com o empregador. A medida provisória da Liberdade Econômica em votação no Congresso, sem duvida um grande avanço sobre diversos aspectos no campo dos entraves burocráticos para se fazer negócios no País, resolveu avançar sobre itens essenciais de garantias do trabalhador, como o do direito a saúde, descanso e segurança.
A reforma trabalhista empreendida no governo Temer já havia mudado quase por completo os termos de estabilidade no emprego e das indenizações. A nova MP vai bem além e de maneira claramente injusta. A eventual retirada do descanso aos domingos com a família e a exclusão do registro de horas extras dão margem a abusos em escala, sem qualquer espaço para apelação. Algo potencialmente perigoso ainda mais em um País com tantos flagrantes do chamado trabalho escravo – especialmente em áreas rurais.
Os parlamentares, animados com o manto modernizante que embalou a MP e sensíveis às pressões de setores mais poderosos, estão levando adiante a ideia sem pensarem sequer um minuto na grande massa de eleitores sem voz que será afetada.