16/08/2019 - 7:04
A Via Varejo contratou os serviços da consultoria McKinsey para ajudar a empresa em sua transformação digital. “A diferença de termos uma consultoria nesse momento é que trazer parceria estratégica”, disse Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo, durante teleconferência com analistas após a divulgação dos resultados trimestrais. “Estou 100% envolvido para deixar a transformação (digital) ligada ao nosso negócio principal, c0m o cliente em primeiro lugar.”
Há um mês, a empresa já havia anunciado a contratação de Helisson Lemos, ex-Mercado Livre, como chefe da área digital. No dia, as ações da Via Varejo subiram mais de 7%.
Nesta quinta-feira, 15, porém, a baixa nos papéis foi de mais de 5%. A rede teve prejuízo de R$ 154 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 14 milhões do mesmo período de 2018.
Além da contratação da McKinsey para a retomada dos resultados, a Via Varejo está avaliando os vendedores presentes no marketplace, área na qual abriga lojas de terceiros em sua plataforma online. A ideia, segundo Fulcherberguer, é qualificar esses vendedores e alinhá-los às práticas da nova gestão da Via Varejo. “Crescer os ‘lojistas’ a qualquer custo ou de maneira indiscriminada traz aumento das vendas num primeiro momento, mas, no médio prazo, há risco para a imagem do varejista”, afirmou Fulcherberguer ao Estadão/Broadcast. “Hoje é muito simples virar ‘lojista’ em qualquer varejista. A checagem é quase nula. Vamos passar a checar os vendedores da mesma forma que fazemos com um fornecedor.”
Ele criticou, ainda, a política de incentivos que as varejistas dão aos vendedores, que vão desde zeragem de comissionamento até geração de verba para eles. “Não acho sustentável”, disse. “Vamos querer ter um marketplace de qualidade”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.