17/09/2019 - 12:03
A fintech brasileira Neon, conhecida por sua conta digital, anuncia nesta terça-feira, 18, a aquisição da startup MEI Fácil, especializada em serviços para microempreendedores individuais. Com a negociação, que não teve valor revelado, a empresa liderada por Pedro Conrade dá mais um passo na expansão de suas operações – nos últimos meses, lançou um serviço de conta para pessoas jurídicas, cartão de crédito e testa ainda uma frente de crédito pessoal.
“Foi uma combinação natural: nós estávamos de olho no mercado de microempreendedores e o pessoal da MEI Fácil estava começando a fazer os serviços financeiros na plataforma deles”, explica Conrade.
Fundada em 2017, em São Paulo, a MEI Fácil “acompanha o microempreendedor em sua jornada”, conta Marcelo Moraes, fundador da empresa. A startup ajuda o usuário a obter um CNPJ, emitir nota fiscal, pagar guias de impostos e tem ainda serviços de educação financeira e emissão de boletos, por exemplo.
Com a fusão, a Neon passa a ter 530 funcionários – praticamente o triplo do que possuía em abril, quando tinha 180 pessoas. Quem já usava os serviços da MEI Fácil, fundada em São Paulo em 2017, agora passará a utilizar o aplicativo da Neon.
Ao todo, a fintech chega agora a 3,3 milhões de contas abertas e 1,6 milhões de clientes ativos – o número identifica aqueles que têm saldo em conta ou fizeram algum tipo de movimentação bancária nos últimos 90 dias.
Além de herdar a carteira de clientes da MEI Fácil, Conrade aposta em dois públicos de grande potencial: os empreendedores que já se formalizaram, mas não são bem atendidos, e aqueles que ainda estão na informalidade. “É uma tarefa difícil. O MEI foi criado para desburocratizar e ainda assim é complicado”, diz o fundador da Neon.
Hoje, há 8,95 milhões de microempreendedores individuais no País, segundo dados do Governo Federal – mais de 10% deles, diz a empresa, já eram atendidos pela MEI Fácil. “É um público que tem que pegar na mão e estamos aqui para isso”, explica Conrade.
Fundada em 2016 por Conrade, a Neon não cobra tarifas para manutenção ou abertura de conta, seja para pessoas físicas ou jurídicas. A empresa fatura com a cobrança de tarifas para movimentações como transferências bancárias ou, no caso de clientes corporativos, emissão de boletos. Já a MEI Fácil faturava com serviços financeiros, mas, segundo Moraes, “ainda era algo incipiente”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.