27/09/2019 - 16:30
O Indicador de Confiança do Consumidor subiu 5,4 pontos em setembro, chegando a 47,4 pontos em comparação ao mesmo mês do ano passado. No mesmo mês de 2018, este índice era de 41,9 pontos. No entanto, o dado ficou abaixo do de agosto, quando marcou 48,2 pontos. Os números são de pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Apesar da alta anual da confiança em setembro, o índice continua abaixo do nível de 50 pontos, o que pela metodologia do indicador indica que os consumidores seguem pessimistas. Somente níveis acima desse patamar mostram otimismo dos agentes.
De acordo com o relatório das instituições, algumas medidas contribuíram para o crescimento da confiança do consumidor, entre elas, “a queda do desemprego, o avanço da reforma da Previdência e a liberação de recursos do FGTS deram uma injeção de ânimo ao consumidor brasileiro”. Contudo, o texto pondera que o ritmo da recuperação ainda gera insatisfação. “Ainda se observa uma certa frustração com a lentidão na retomada econômica.”
Números do levantamento mostram que seis em cada dez brasileiros ainda analisam negativamente as condições atuais da economia. Para 30%, o desempenho é regular e apenas 9% acreditam que o cenário é positivo. Entre os que avaliam negativamente, os principais motivos citados foram o alto índice de desemprego (71%), alta dos preços (65%) e taxas de juros elevadas (33%).
No entanto, sobre o futuro, o estudo mostra que as opiniões dos brasileiros ainda estão divididas. Os otimistas formam 30% das respostas, enquanto outros 30% são pessimistas. Há ainda 39% que não tiveram um posicionamento formado.
Quanto à própria vida financeira, 48% dos consumidores consideram que sua situação não está boa nem ruim. Já para 35% dos entrevistados há uma percepção negativa e apenas 16% analisam sua vida financeira como positiva. Entre os que responderam ter uma situação financeira ruim, os principais motivos foram o alto custo de vida (56%), o desemprego (30%) e a redução da renda familiar (24%).
Para os próximos seis meses, 57% disseram estar otimistas quanto à própria situação financeira. Entre as razões apontadas, destacam-se a confiança na melhora das condições econômicas do País (43%), a esperança de conquistar um aumento de salário ou novo emprego (34%) e a boa gestão do orçamento (27%).
Para o levantamento foram entrevistados 800 consumidores, que foram perguntados a respeito de quatro questões: a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia, a avaliação sobre a própria vida financeira, a percepção sobre o futuro da economia e a percepção sobre o futuro da própria vida financeira.