A comitiva que representará o governo brasileiro na cerimônia de canonização de Irmã Dulce na Santa Sé, na Itália, será capitaneada pelo vice-presidente Hamilton Mourão e terá os chefes do Legislativo e do Judiciário e 19 parlamentares.

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, além do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, integram o grupo que viajaria nesta quinta-feira, 10. A volta está prevista para o início da próxima semana.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República não informou, até a publicação deste texto, o quanto será gasto com a viagem. Os nomes dos representantes do governo brasileiro foram oficializados no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

Sete senadores e 12 deputados e o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, compõem comitivas oficias do Congresso. Baldy viaja a convite de Maia e disse que pagará suas despesas.

Integrantes da comitiva que viajam acompanhados de suas mulheres – caso de Mourão, Alcolumbre e Maia – informaram que as despesas serão pagas separadamente. Maia e Alcolumbre afirmaram que ficarão hospedados na Embaixada do Brasil em Roma. Alcolumbre disse ainda que não receberá as diárias a que tem direito. Segundo regras da Câmara e do Senado, a diária para deputados é de US$ 428 e para senadores, de US$ 416.

O ex-presidente da República José Sarney, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o embaixador do Brasil na Santa Sé, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que também participam da cerimônia de canonização, disseram que pagarão a viagem do próprio bolso. A canonização de Irmã Dulce será realizada na manhã de domingo na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Na semana passada, a Coluna do Estadão mostrou que a viagem de Augusto Aras custaria R$ 67,5 mil ao cofres do Ministério Público Federal. Depois, no entanto, o procurador-geral da República disse que iria custear suas despesas com recursos próprios. Pelas estimativas do próprio Ministério Público Federal, a passagem de Aras em classe executiva sairia por R$ 22,1 mil.

O procurador-geral também abriu mão de sete diárias que a Procuradoria custearia, no valor de R$ 13,6 mil. Viajam com ele os subprocuradores-gerais Alcides Martins e Maria das Mercês Gordilho Aras, mulher do PGR. Aras pediu licença do cargo entre os dias 9 e 15 de outubro para representar a instituição no evento no Vaticano.

Na semana passada, Rodrigo Maia disse que o compromisso no Vaticano não atrapalharia o andamento dos trabalhos da Câmara, já que o evento aconteceria em dias em que os deputados normalmente não estão em Brasília.

No Senado, porém, a viagem de parlamentares causou ruído na agenda da reforma da Previdência, que já havia sido comprometida pelo impasse em torno da liberação de recursos para Estados e municípios.

Veja quem são os deputados e senadores que viajam para a Itália:

Deputados

André Fufuca (PP-MA)

Celio Studart (PV-CE)

Elmar Nascimento (DEM-BA), líder do DEM

José Rocha (PL-BA), líder do PL

Daniel Almeida (PCdoB-BA), líder do PCdoB

Adolfo Viana (PSDB-BA)

Arthur Oliveira Maia (DEM-BA)

Eduardo da Fonte (PP-BA)

Flávio Nogueira (PDT-PI)

Leur Lomanto Júnior (DEM-BA)

Nelson Pellegrino (PT-BA)

Paulo Azi (DEM-BA)

Senadores

Jaques Wagner (PT-BA)

Angelo Coronel (PSD-BA)

José Serra (PSDB-SP)

Weverton (PDT-MA)

Roberto Rocha (PSDB-MA)

Elmano Férrer (PODEMOS-PI)

Ciro Nogueira (PP-PI)