11/10/2019 - 8:37
A inflação sentida pela população idosa desacelerou o ritmo de alta de 0,97% no segundo trimestre para 0,48% no terceiro trimestre de 2019, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma elevação de 3,78% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,51% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. No terceiro trimestre de 2019, porém, o IPC-BR teve a mesma taxa do IPC-3i, 0,48%.
Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre de 2019, seis das oito classes de despesa do IPC-3i registraram taxas de variação mais baixas. A principal contribuição para a desaceleração da inflação do idoso partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 0,02% no segundo trimestre para queda de 1,76% no terceiro trimestre. O item de maior influência foi hortaliças e legumes, que saiu de avanço de 3,45% para recuo de 22,26% no período.
Os demais decréscimos ocorreram nos grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,05% para 1,01%), Transportes (de 0,77% para -0,37%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,90% para -0,34%), Vestuário (de 2,09% para -0,59%) e Despesas Diversas (de 0,68% para 0,34%).
Houve impacto dos itens medicamentos em geral (de 3,11% para 0,33%), gasolina (de 2,02% para -2,58%), passagem aérea (de 12,77% para -10,75%), roupas (de 2,29% para -0,74%) e bilhete lotérico (de 31,63% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Habitação (de 0,79% para 2,14%) e Comunicação (de 0,13% para 1,07%), sob influência de itens como a tarifa de eletricidade residencial (de 0,18% para 9,49%) e tarifa de telefone residencial (de -0,20% para 1,73%).