13/10/2019 - 7:54
Organizado pela Igreja Católica, o Sínodo da Amazônia foi alvo de críticas de palestrantes que participaram, ontem em São Paulo, da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) Brasil – versão brasileira do maior evento conservador dos Estados Unidos. As críticas vieram de ministros do governo Bolsonaro e de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, herdeiro da antiga família real brasileira, que também fez ataques a líderes da Igreja.
Aplaudido por militantes de direita presentes no evento, Dom Bertrand atacou a esquerda católica na figura de d. Cláudio Hummes, um dos cardeais mais próximos ao papa Francisco, a quem classificou como “amigo pessoal do ex-presidente Lula”. Para Bertrand, seria hora de reagir contra a Teoria da Libertação e ao que classificou como uma “seita vermelha” dentro na Igreja. “É uma tirania isso.”
Elogiado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que promoveu o evento e acompanhou todas as palestras, Dom Bertrand afirmou que o PT nasceu com Cláudio Hummes, o mesmo que agora, segundo ele, colocaria a soberania nacional em risco ao dizer que a vida na Amazônia nunca esteve tão ameaçada. “É a mais grave ameaça recente à nossa soberania”, disse.
Já a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, citou o Sínodo da Amazônia, ao afirmar que “estão falando que violamos os direitos dos índios”. “Falam que não existe infanticídio indígena. Mas nós é que estamos mostrando o que é a defesa dos direitos humanos. Nunca se falou tanto de direitos humanos no Brasil.”
Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni rebateu as críticas que o governo Jair Bolsonaro vem sofrendo na área ambiental. “Quem está mais perto de cumprir o Acordo de Paris? A França ou o Brasil? O Brasil”, disse o ministro a jornalistas, ao ser questionado sobre dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram aumento de desmatamento. Segundo ele, o Brasil é o país que mais preservou suas florestas nativas. “Qual país europeu pode nos mostrar isso?” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.