25/10/2019 - 11:01
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da C&A movimentou R$ 1,63 bilhão na quinta-feira, 24, com a ação precificada em R$ 16,50, o piso da faixa indicativa de preço. A varejista holandesa chega à bolsa avaliada em aproximadamente R$ 5 bilhões.
Da oferta primária foram vendidas 49,3 milhões de ações, o correspondente a R$ 813,698 milhões. Uma outra tranche do mesmo tamanho foi vendida na oferta secundária, somando também R$ 813,698 milhões, a qual funcionou para a venda parcial de ações detidas pela Cofra Holding, da família Brenninkmeijer, fundadora na companhia. Com a demanda os coordenadores da oferta colocaram o lote adicional, que foi 100% secundário, por isso o tamanho da oferta primária e secundária foram, no final, iguais.
Apesar dos questionamentos de investidores sobre a capacidade de crescimento da companhia, o desconto em relação às concorrentes já listadas fez a diferença. A demanda, com isso, superou o volume ofertado em mais de três vezes.
A estreia na B3 está marcada para a próxima segunda-feira, dia 28, quando a marca se unirá às concorrentes já listadas Renner, Riachuelo e Marisa. A C&A será negociada na bolsa com o “ticker” “CEAB3”.
Da oferta primária, que colocará dinheiro nos cofres da companhia, 90% dos recursos captados serão utilizados para o pré-pagamento de empréstimos entre empresas do mesmo grupo. No mercado se chamou essa transação de “oferta secundária disfarçada”. Apenas 10% dos recursos que irão ao caixa serão destinados para o crescimento orgânico da empresa.
São coordenadores da oferta da C&A o Morgan Stanley (líder), Bradesco, BTG Pactual, Citi, Santander e XP Investimentos.