A educadora Maria Antonia Goulart, mulher do senador Lindbergh Farias  (PT), afirmou na segunda-feira, 26, que os vídeos que estão circulando  com o registro das agressões sofridas por ela e o marido na noite de  sexta-feira, 23, na saída de um restaurante na Barra da Tijuca, zona  oeste do Rio, foram editados, e não mostram toda a discussão. As imagens  mostram Lindbergh sendo xingado de “ladrão” e “pilantra” por um homem e  uma mulher, ambos bastante alterados. A agressão a Maria Antonia, que  diz ter sido jogada no chão e machucado os joelhos e os antebraços, foi  retirada na edição, ela disse.

A educadora se submeteu a  exame de corpo de delito. O caso foi registrado na delegacia da Gávea,  zona sul, onde fica a residência do casal. A polícia não informou se o  agressor já foi identificado. Maria Antonia e Lindbergh estavam com três  amigas, com quem ela havia estado no evento Educação 360, um encontro  internacional sobre temas relacionados à educação.

Durante o  jantar, o grupo notou que um rapaz o filmava com um celular. Eles não  trocaram palavras então. Na saída, deu-se o ataque. Maria Antonia  confirmou que o senador reagiu ao ser insultado e ao vê-la derrubada no  chão.

“Na calçada, quase entrando no carro, ele e a mulher  vieram como loucos, bem alterados, nervosos, agressivos. Jamais na vida  passei por uma situação como essa, alguém chegar do nada, tirar a camisa  no meio da rua. Uma coisa completamente gratuita”, contou. “Se ele  estivesse em grupo, Lindbergh estaria na UTI. Ele brigou também, ou  então ficaria apanhando. A gente estava tentando entrar no carro e o  cara ainda chutou, amassou a lataria. Não se pode naturalizar uma coisa  dessa, é muito grave. Se for assim, a gente entra na barbárie. Então  passa o Eduardo Cunha na rua, e a gente vai espancar ele e a mulher  dele?”, questionou.

No Facebook, o senador contara que o  homem gritava a frase “quem apoia Lula não pode jantar aqui”. “Não serei  intimidado pelos porta-vozes do ódio. É lamentável que as ideias sejam  substituídas pela violência, que algumas pessoas sintam-se no direito de  perseguir, ofender, ameaçar e agredir fisicamente quem pensa diferente,  e que tal episódio tenha ocorrido na presença de meus familiares”,  escreveu o senador.