O dólar recuou ante rivais nesta terça-feira, 11, com uma menor busca por segurança no mercado em meio à percepção de que o coronavírus avança em um ritmo mais lento, além da força da libra após a divulgação de um dado do Reino Unido.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,77 ienes, quase estável ante a moeda japonesa, o euro avançava a US$ 1,0922 e a libra registrava alta a US$ 1,2955. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, recuou 0,11%, a 98,721 pontos.

“O dólar prosperou ultimamente, dada a sua posição de ativo de segurança e o desempenho econômico dos EUA”, comenta o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. A cautela com o coronavírus, porém, está menor devido a uma queda no número de novos casos na China. Em coletiva de imprensa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que uma vacina contra a doença pode estar pronta em 18 meses.

A libra, por sua vez, se fortaleceu hoje com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que cresceu acima do esperado no quarto trimestre 2019, na comparação anual.

Os investidores acompanharam, ainda, o primeiro dia de depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes. Ele disse que “não há razão” para que o ritmo de expansão econômica dos EUA não seja mantido e que a autoridade monetária “monitora de perto” o coronavírus.

“Qualquer aumento da expressão de preocupação aumentaria as perspectivas de corte de taxas pelo Fed ainda este ano, um cenário que pode atrapalhar o dólar”, avalia Manimbo, do Western Union.

Ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,6702 pesos mexicanos, a 14,8039 rands sul-africanos e a 64,410 rublos russos, no fim da tarde em Nova York.

“Os mercados emergentes também recuperaram graças a um cenário mais amigável para a tomada de riscos em meio a uma moderação nas preocupações com o coronavírus”, afirma Manimbo.