A Anistia Internacional, entidade internacional de defesa dos direitos humanos, manifestou-se nesta terça-feira, 10, no Brasil sobre a decisão judicial de levar a júri popular Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os dois acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

“É importante ver que o processo está caminhando. A decisão sobre o júri popular indica que a tese do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a responsabilidade dos dois acusados foi aceita”, afirmou a diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck.

“Há ainda outros passos, e a Anistia Internacional demanda que eles sejam submetidos a julgamentos justos, transparentes, imparciais e céleres, que respeitem as diretrizes internacionais de direitos humanos”, seguiu Jurema, que cobrou o esclarecimento dos aspectos ainda obscuros do caso.

“Às vésperas deste terrível crime completar dois anos, reforçamos que o caso só estará completamente solucionado quando todos os envolvidos tiverem sido identificados e levados à justiça. E quando se esclarecerem suas motivações. Por isso, seguimos e seguiremos perguntando: Quem mandou matar Marielle, e por quê?”, questionou.