Um órgão judiciário britânico considerou nesta quarta-feira (11) que um erro pode ter sido cometido no julgamento que condenou o líbio Abdelbaset Ali Mohamed al-Megrahi pela explosão de um avião em 1988 na cidade escocesa de Lockerbie, que matou 270 pessoas.

A comissão de revisão judicial escocesa, à qual a família do líbio recorreu, decidiu encaminhar o caso para o Supremo Tribunal de Edimburgo, que agora deve decidir se aceita um recurso de apelação.

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Condenado em 2001 a 27 anos de prisão, Al-Megrahi sempre alegou inocência. Solto em 2009 por razões médicas e falecido três anos depois na Líbia, ele foi o único condenado por este ataque.

Além dos 259 passageiros e tripulantes a bordo do Boeing 747 da empresa Pan Am, 11 pessoas morreram na pequena cidade de Lockerbie. A aeronave decolou do aeroporto de Heathrow em Londres para Nova York em 21 de dezembro de 1988.

Em 2003, o governo do falecido Muammar Khadafi reconheceu oficialmente sua responsabilidade no episódio e pagou US$ 2,7 bilhões em indenização às famílias das vítimas.

“Muitos acreditam que Al-Megrahi foi vítima de um erro judicial e acusam o Irã de ter ordenado que um grupo sírio-palestino lançasse um ataque de represália pelo abate de um Airbus 655 iraniano em 3 de julho de 1988 pelo (navio americano) ‘USS Vincennes’, matando 290 pessoas”, disse a advogada da família Megrahi, Aamer Anwar, em maio de 2018, quando recorreu à comissão de revisão escocesa.