As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira, à medida que a ansiedade com os desdobramentos da pandemia de coronavírus se sobrepôs a dados confirmando que o setor industrial chinês voltou a se expandir. A situação da doença nos EUA é particularmente preocupante, com previsões sombrias de que o vírus poderá matar centenas de milhares de pessoas. Na Oceania, o mercado australiano destoou e encerrou o pregão em forte alta.

Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,57%, a 2.734,52 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,35%, a 1.660,08 pontos.

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O tom negativo prevaleceu mesmo após pesquisa da IHS Markit com a Caixin Media mostrar que o índice de gerentes de compras (PMI) industrial chinês subiu de 40,3 em fevereiro para 50,1 em março, indicando que a manufatura da segunda maior economia do mundo retomou a expansão após o violento choque do coronavírus. O PMI industrial oficial da China já havia apontado a mesma tendência.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei sofreu um tombo de 4,50% em Tóquio hoje, a 18.065,41 pontos, enquanto o Hang Seng teve queda de 2,19% em Hong Kong, a 23.085,79 pontos, o sul-coreano Kospi caiu 3,94% em Seul, a 1.685,46 pontos, e o Taiex recuou 0,46% em Taiwan, a 9.663,63 pontos.

A falta de apetite por risco na região asiática veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, preparar os americanos para um salto no número de mortes por coronavírus no país, ao dizer ontem que as duas próximas semanas serão “muito dolorosas”. A Casa Branca prevê que a doença poderá causar entre 100 mil e 240 mil mortes nos EUA.

Já a bolsa australiana, a principal da Oceania, ignorou o mau humor na Ásia e teve expressiva valorização. O S&P/ASX 200 avançou 3,58% em Sydney, a 5.286,60 pontos, atingindo o maior nível em duas semanas. Com informações da Dow Jones Newswires.