A prefeitura do Rio de Janeiro aguarda informações da companhia aérea Latam sobre nova data dos dois voos com destino à China para trazer 160 toneladas de equipamentos, que serão utilizados no tratamento contra a covid-19 na capital. Um dos voos deveria ter saído ontem do Brasil.

A companhia ainda não definiu os dias dos voos e em resposta à Agência Brasil, informou “que está em tratativas com a prefeitura do Rio de Janeiro”, mas ainda sem confirmação do voo. A Latam acrescentou que “qualquer novidade, será comunicada, oportunamente, pela companhia”. Em princípio, o primeiro voo sairia ontem (27) do Brasil e o outro no dia 27 de maio. Data que o município tenta antecipar.

No início deste mês, o prefeito Marcelo Crivella chegou a anunciar uma ajuda do governo federal para a importação de equipamentos da China. Na ocasião, Crivella disse haver conversado com o ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Neto, sobre o assunto e teria ouvido dele que já estava providenciando o atendimento do pedido. Mas no final de semana, foi fechado acordo com a Latam.

De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, os voos contratados vão custar R$ 4,4 milhões, com recursos do próprio governo municipal. Como não há voo direto para o Rio de Janeiro, os aviões devem fazer escala em São Paulo. O município não informou como os equipamentos vão ser trazidos da capital paulista, mas adiantou que todos serão utilizados nas unidades cariocas, principalmente no Hospital de Campanha do Riocentro, na zona oeste; e no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, zona norte da cidade. Os dois são referência no tratamento contra a Covid-19.

Contratação

Ontem (27) a prefeitura tinha informado que a contratação dos dois voos da Latam era um esforço para acelerar a busca de 160 toneladas de equipamentos com 300 respiradores, 400 monitores e 70 carrinhos de anestesia, fundamentais no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Segundo o prefeito Marcelo Crivella, o contrato foi assinado no fim de semana. Ele lembrou que além desses equipamentos que serão trazidos em aviões, já foram embarcadas em navio para atender o município, mais 30 toneladas de aparelhos.

Crivella destacou ainda que a prefeitura negocia com o Ministério da Saúde para receber 40 respiradores do governo federal. Há também o questionamento por via judicial, para receber outros 80 respiradores comprados em 2019 da empresa Magnamed em São Paulo. Segundo a prefeitura, inicialmente, a empresa tinha informado, equivocadamente, que os aparelhos tinham sido arrestados pela União.