21/05/2020 - 15:17
A economia americana muito provavemente precisará de uma nova injeção de recursos do governo federal, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, nesta quinta-feira (21), em meio aos planos da Casa Branca para retomar as atividades no país, que estão suspensas desde março por causa da pandemia do novo coronavírus.
“Acho que há uma forte probabilidade de que precisaremos de outra lei”, além dos US$ 3 trilhões aprovados pelo Congresso, que já estão sendo usados para impulsionar a economia, ressaltou Mnuchin.
+ Fase 1 do acordo EUA-China está intacta, diz diretor de Conselho da Casa Branca
+ Apesar de pressão dos EUA, Huawei mantém suas ambições
“Vamos revisar (o plano econômico) cuidadosamente nas próximas semanas e dizer muito claramente como precisaremos gastar mais dinheiro e se precisaremos”, disse o secretário, em um evento promovido pela publicação The Hill, focada no Congresso.
No entanto, recentemente, Mnuchin rejeitou o novo plano de ajuda de US$ 3 trilhões que havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, controlada pela oposição democrata, chamando-o de “projeto de lei partidário”.
“Isso não é o nosso foco agora”, comentou Mnuchin sobre o pacote emergencial, na época.
A nova legislação proposta pela oposição inclui US$ 1 trilhão para governos estaduais e locais, uma outra rodada de pagamentos para milhões de famílias americanas afetadas pela COVID-19, fundos direcionados para hospitais, pagamento para profissionais da saúde e ajuda para pequenas empresas impactadas pela crise gerada pela pandemia.
Tratam-se de medidas que muitos economistas têm solicitado.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse nesta semana que uma ajuda emergencial adicional poderia ser necessária, argumentando que, apesar do custo, valeria a pena caso o pacote econômico pudesse evitar um maior colapso econômico.
Porém, Mnuchin ressaltou que ainda teria muito tempo para decidir sobre uma nova rodada de injeção de recursos, já que parte dos fundos previamente aprovados ainda serão inseridos na economia.
O secretário reconheceu que no segundo trimestre o PIB “obviamente será terrível” por causa das medidas para conter a COVID-19, mas espera ver uma recuperação “gigantesca” do crescimento econômico no quarto trimestre.