Com a baixa procura pela linha de crédito para financiar a folha de pagamentos, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o órgão pode não transferir os R$ 17 bilhões restantes para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela operação dos recursos.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) há duas semanas, o governo negocia a reformulação do programa no Congresso Nacional. Entre as mudanças estudadas está a flexibilização das exigências de manutenção do emprego.

Em entrevista nesta quinta-feira, Almeida admitiu que os recursos estão demorando a chegar, principalmente para as empresas menores. “Concordo que temos que ser mais agressivos e mais rápidos para atingir empresas pequenas”.

Ele lembrou que há outras medidas em discussão, como um programa para empresas médias com garantia do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).

Déficit

O secretário reforçou que uma nova postergação no pagamento de tributos poderá levar o déficit primário a um patamar ainda maior.

No sumário executivo que acompanha a divulgação do resultado do Governo Central, o Tesouro destaca que a renovação de programas para fazer frente à pandemia do coronavírus e novas frustrações de receitas poderão levar o déficit primário do setor público a superar os 10% do PIB.