02/06/2020 - 11:07
Uma investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a China reteve informações importantes sobre o coronavírus por semanas após seu surgimento em janeiro, o que teria atrasado o preparo da comunidade internacional contra a Covid-19.
Os documentos internos da OMS revelam que as autoridades chinesas falharam em compartilhar o mapa genético do vírus por mais de uma semana após a decodificação, além de não revelarem que o vírus poderia ser transmitido entre humanos mais de duas semanas após a descoberta.
+ Brasil beira 30 mil mortes e OMS diz que não é o pico
+ União Europeia pede aos EUA que reconsiderem ruptura com OMS
Segundo o Business Insider, o Instituto de Virologia de Wuhan decodificou o vírus em 2 de janeiro, mas os detalhes da descoberta só foram revelados no dia 12 de janeiro. Sobre a transmissão do vírus, o Estado chinês avisou a OMS e outros governos apenas no dia 20 de janeiro.
Um dia antes, um laboratório de Xangai já havia publicado a informação sobre a transmissão entre humanos. À época, a OMS elogiou a China por uma suposta resposta rápida contra o vírus, mas funcionários estavam preocupados com o fato de a China segurar informações importantes e liberá-las apenas 15 minutos antes das transmissões da TV estatal chinesa.
Essas investigações revelam que a Comissão Nacional de Saúde impediu os laboratórios de liberarem informações sobre a Covid-19 sem sua aprovação, causando um atraso na comunicação com o resto do planeta.
