25/06/2020 - 7:32
Coreia do Sul e Estados Unidos reafirmaram, nesta quinta-feira (25), seu compromisso de defender “a paz conquistada com muito esforço” na dividida península, por ocasião do 70º aniversário do início da Guerra da Coreia.
As forças norte-coreanas invadiram o sul em 25 de junho de 1950, deflagrando um conflito sangrento que causou milhões de mortes, civis em sua maioria.
Os combates cessaram três anos depois, graças a um armistício que nunca foi seguido por um tratado de paz. Isso significa que, tecnicamente, as duas partes da península dividida pela Zona Desmilitarizada (DMZ) ainda estão em guerra.
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“Neste dia de 1950, a aliança militar entre os Estados Unidos e a República da Coreia nasceu da necessidade e foi forjada com sangue”, disse o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, e seu colega sul-coreano, Jeong Kyeong-doo em um comunicado conjunto.
Os dois aliados prestam uma homenagem “ao sacrifício, à coragem e ao legado daqueles que deram suas vidas para defender a liberdade, a democracia e a prosperidade” do sul, continua o texto.
Nos últimos anos, as relações entre Seul e Washington se afastaram, especialmente com as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele insiste em que a Coreia do Sul deveria contribuir de uma maneira mais significativa para manter na península 28.500 soldados destacados para proteger o país da ameaça norte-coreana.
É nesse contexto que a nota afirma que os aliados “continuam totalmente comprometidos com a defesa da paz, tão duramente alcançada na península coreana”.
Este aniversário ocorre em meio à degradação das relações intercoreanas, dois anos após o início de uma aproximação histórica entre os dois países vizinhos. O período foi marcado por várias cúpulas entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.
Recentemente, o regime norte-coreano multiplicou ataques verbais a Seul, especialmente em represália aos folhetos de propaganda enviados em balões por dissidentes que fugiram para o sul.
A Coreia do Norte aumentou a pressão, na semana passada, com a destruição do escritório de enlace intercoreano, na cidade fronteiriça de Kaesong.